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Melhorar para preogredir!


“E a um deu cinco talentos e a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade… ” - Jesus. (Mateus, 25:15.)

Melhorar para progredir – eis a senha da evolução.

Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser lhe recolhe as águas, segundo o recipiente de que se faz portador.

Não olvides que os talentos de Deus são iguais para todos, competindo a nós outros a solução do problema alusivo à capacidade de recebê-los.

Não te percas, desse modo, na lamentação indébita.

Uma hora anulada na queixa é vasto patrimônio perdido no preparo da justa habilitação para a meta a alcançar.

Muitos suspiram por tarefas de amor, confiando-se à aversão e à discórdia, enquanto que muitos outros sonham servir à luz, sustentando-se nas trevas da ociosidade e da ignorância.

A alegria e o fulgor dos cimos jazem abertos a todos aqueles que se disponham à jornada da ascensão.

Se te afeiçoas, assim, aos ideais de aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica…  

Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um.

Espírito Emmanuel, do livro Palavras de Vida Eterna, psicografado por Chico Xavier.

Crônica de Natal

Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim…

Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido.
Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas em várias nações do mundo.
Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia e no Egito.
Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da suspirada reforma…
E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor.
Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesareia, tapetes primorosos eram tecidos em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de remotos rincões da Pérsia… Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador.
Tudo era febre de expectação e ansiedade.
Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o regozijo esperado.
Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite.
Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia… Uma estrela estranha rutila no firmamento.
O Enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz.
Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu…
Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe assistem a consagração comovente e sublime.
São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços.
Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas.
Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite alvo.
E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também…
—“Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens”!…
Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo…
E o povo com Ele inicia uma nova era…
É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa.
Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.
Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e singela.
Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um dia…
Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as horas de nossa vida.
Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil:
 —Jesus nasceu “Jesus nasceu”!…

E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo eternamente.


Espírito Irmão X (Humberto de Campos), do livro Antologia Mediúnica do Natal, psicografado por Chico Xavier.

Quais as causas do sono durante a reunião espírita?

Como evitá-lo?
Quais as causas do sono de que muitos companheiros se queixam quando participam de uma reunião mediúnica? Como evitá-lo?

Raul Teixeira: - As causas podem ser várias. Desde o cansaço físico, quando o indivíduo que vem de atividades muito intensas e que, ao sentar-se, ao relaxar-se, naturalmente é tomado pelo torpor da sonolência.

Também, pode ser causado pela indiferença, pelo desligamento, quando alguém está num lugar, fisicamente, entretanto, pensando em outro, desejando não estar onde se acha. Compelido por uma circunstância qualquer, a pessoa se desloca mentalmente.

O sono pode, ainda, ser provocado por entidades espirituais que nos espreitam e que não têm nenhum interesse em nosso aprendizado para o nosso equilíbrio e crescimento.

Muitas vezes, os companheiros questionam. ‘Mas nós estamos no Centro Espírita, estamos num campo protegido e como o sono nos perturba?”

Temos que entender que tais entidades hipnotizadoras podem não penetrar o circuito de forças vibratórias da Instituição ficam do lado de fora. Mas, a pessoa que entrou no Centro, na reunião não sintonizou-se com o ambiente, continua vinculada aos que se conservam fora, e através dessa porta, desse plug aberto, ou dessa tomada, as entidades que ficaram lá de fora lançam seus tentáculos mentais, formando uma ponte. Então, estabelecida a ligação atuam na intimidade dos centros neuroniais desses incautos, que dormem, que se dizem desdobrar:

“Eu não estava dormindo... apenas desdobrei, eu ouvi tudo...

“Eles viram e ouviram tudo o que não fazia parte da reunião. Foram fazer a viagem com as entidades que os narcotizaram.

Deparamos aí com distúrbios graves, porque quando termina a reunião o indivíduo está fagueiro, ótimo e sem sono e vai assistir à televisão até altas horas, depois de se haver submetido aos fluidos enfermiços. Por isso recomendamos àqueles que estão cansados fisicamente, que façam um ligeiro repouso antes da reunião ainda que seja por poucos minutos, para que o organismo possa beneficiar-se do encontro, para que fiquem mais atentos durante o trabalho doutrinário, levantar-se, borrifar o rosto com água fria, colocar-se em uma posição discreta, sempre que possível ao fundo do salão, em pé, sem encostar-se, a fim de lutar contra o sono.

Apelar para a prece, porque sempre que estamos desejosos de participar do trabalho do bem, contamos com a eficiente colaboração dos Espíritos Bondosos. Faze a tua parte que o céu te ajudará.

Temos, então, o sono como esse terrível adversário de nossa participação, de nosso aprendizado, de nosso crescimento espiritual. Não permitamos que ele se apodere de nós. Lutemos o quanto conseguirmos, e deveremos conseguir sempre, para combatê-lo, para termos bons frutos no bom aprendizado.

Do livro: Diretrizes de Segurança (Divaldo Franco e Raul Teixeira)

Sem dinheiro...

 Não esperes pelo dinheiro a fim de auxiliar.

Tens contigo tesouros de carinho e fraternidade que mal consegues perceber.
Onde permanece o ouro suscetível de comprar a amizade pura e fiel?
Que joia haverá mais brilhante que a da frase estimulante e salvadora?
Que fortuna conseguirá adquirir a simpatia dos braços amigos que ajudam e servem?
Que moedas existirão sublimes e providenciais como os gestos de boa vontade e cooperação em nossa luta?
Não te esqueças do sorriso amigo com que podes imitar o raio de sol.
Há corações frios e escuros como as juras esquecidas da Terra e almas surgem, feridas e desoladas, que abandonariam prazerosamente todos os cofres recheados de dinheiro do mundo para se confiarem simplesmente à ventura do entendimento e da harmonia com algum coração transviado e infeliz, nos velhos precipícios da ilusão!…
Não condiciones tua caridade ao peso de tua bolsa.
Muitas vezes a dádiva material desajuda na hora mais negra de quem padece e chora na carne, mas estejamos convencidos de que o amor auxilia sempre, porque no amor vibra, em cada instante, a luz de nossa esperança com a sementeira divina de nossa redenção.

Espírito Olívia, do livro Cartas do Coração, psicografado por Chico Xavier.

O alvorecer de uma nova era

Vivemos nesses dias de dores e apreensões, medos e preocupações, o alvorecer de uma nova era cujos clarões começam a despontar no horizonte.

Embora o alvoroço em torno do vírus que assola a humanidade contaminando corpos, ceifando vidas e deixando de prontidão os demais, um clarim se faz ouvir por todos os quadrantes do planeta anunciando que um ciclo se finda e outro se inicia.
São tempos de transição planetária trazidos pelos ventos da renovação que varrem a poeira de um mundo cujo modo de organização social, política, econômica e religiosa já não se sustenta mais.

Um mundo que suplica por mudanças por meio das vozes que clamam por justiça e espírito humanitário, nas diferentes relações estabelecidas nos mais variados países de todos os continentes.

Vozes oprimidas e cansadas de almas sofridas que carecem de pão, trabalho, educação e uma melhor justiça social que diminua o abismo entre as classes, entre ricos e pobres.

Nessa nova era que surge em meio a um parto difícil e delicado, há “uma criança” que desponta para nos dizer nos seus primeiros vagidos que o mundo é bom, que precisamos nos compatibilizar com a sua beleza, equilíbrio e organização, por meio de uma conduta digna e em sintonia com toda a sua divina harmonia.

Consoante a simbologia do texto bíblico, é chegado o instante dos bodes se separarem das ovelhas (Mt 25:31-46), o joio do trigo (Mt 13:24-30) e os que ajuntam dos que espalham (Lc 11:23), de cada um optar pelos caminhos que deseja palmilhar nas veredas do universo…

Não estranhemos que tudo proceda com esse modus operandi, o Codificador assinalou com clareza em A Gênese, no seu capítulo dezoito, quais seriam os sinais dos tempos e pontuou de modo objetivo que essas mudanças se operam lentas e imperceptíveis ou bruscamente.

Assim, tudo quanto ocorre neste cenário que assusta e inquieta, requisita de cada ser um retorno às bases do Evangelho. Um mergulho sensível e atento nos ensinamentos de luz do Divino Pastor, a fim de auscultarmos com atenção a essência dos seus ensinos e avaliarmos, com isenção, como alicerçamos e erigimos nossas crenças e nossa fé.

É preciso que nos perguntemos o que fizemos do Cristo dentro do cristianismo e, particularmente, nós espíritas, o que temos feito do Cristo restaurado à luz do consolador prometido.

O Espiritismo não é um adorno como um camafeu ou broche que conduzimos na lapela para ostentar seus princípios. Não é uma espada guardada e pronta a ser retirada da bainha. Não é uma arma, mas um sinal que nos deve distinguir pelo espírito de serviço ao próximo. É antes uma ferramenta de trabalho que precisa ser empregada na construção de um mundo novo a partir da reconstrução de nós mesmos. É uma chave que nos desperta e amplia a consciência adormecida.

A hora é decisiva e não tarda o instante em que seremos individual e coletivamente chamados ao testemunho, à entrega e ao sacrifício em prol dos nossos semelhantes.

A “resistência” que não deseja a renovação, tem seus muros e o seu exército de prontidão, calcado em alicerces de areia que as vagas do mar haverão de levar, porque se assenta no poder transitório, na vaidade tola e fugaz, no brilho fátuo e sem consistência da intelectualidade vazia sem a utilidade prática a serviço dos que sofrem.

A Terra

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva. Comboio imenso, a deslocar-se sobre si mesmo e girando em torno do Sol, podemos comparar as classes sociais que o habitam a grandes vagões de categorias diversas.
 De quando em quando, permutamos lugar com os nossos vizinhos e companheiros. 
Quem viaja em instalações de luxo volta a conhecer os bancos humildes em carros de condição inferior. Quem segue nas acomodações singelas, ergue-se, depois, a situações invejáveis, alterando as experiências que lhe dizem respeito. Temos aí o símbolo das reencarnações. 
 De corpo em corpo, como quem se utiliza de variadas vestiduras, peregrina o Espírito de existência em existência, buscando aquisições novas para o tesouro de amor e sabedoria que lhe constituirá divina garantia no campo da eternidade.
 Podemos, ainda, filosoficamente, classificar o Planeta, com mais propriedade, tomando-o por nossa escola multimilenária. Há muitos aprendizes que lhe ocupam as instalações, na expectativa inoperante, mas o tempo lhes cobra caro a ociosidade, separando-os, por fim, de paisagens e criaturas amadas ou relegando-os à paralisia ou à cristalização, em largos despenhadeiros de sombra. 
Outros alunos indagam, dia e noite...e, com as perquirições viciosas, perdem os valores do tempo. Imaginemos um educandário, em cuja intimidade comparecessem os discípulos de primária iniciação, exigindo retribuições e homenagens, antes de se confiarem ao estudo das primeiras lições. 
 O menino bisonho não poderia reclamar esclarecimentos, quanto à congregação que dirige a casa de ensino onde está recebendo as primeiras letras. E, ante a grandeza infinita da vida que nos cerca, não passamos de crianças no conhecimento superior. Vacilamos, tateamos e experimentamos, a fim de aprender e amealhar os recursos do Espírito.
 Compete-nos, assim, tão-somente, um direito: - o direito de trabalhar e servir, obedecendo às disciplinas edificantes que a Sabedoria Perfeita nos oferece, através das variadas circunstâncias em que a nossa vida se movimenta. Ninguém se engane, julgando mistificar a Natureza.
O trabalho é divina lei. Pesquisar indefinidamente, na maioria das vezes é disfarçar a preguiça intelectual. A vida, porém, é ciosa dos seus segredos e somente responde com segurança aos que lhe batem à porta com o esforço incessante do trabalho que deseja para si a coroa resplandecente do apostolado no serviço.

Do livro ROTEIRO
Emmanuel/Chico Xavier


VALE DA VIDA


A morte física é o sopro renovador para o Espírito que já cumpriu sua missão.
Partimos para o vale da vida, para a estação da consciência, nem mortos e nem perdidos, longe do sono e perto da evolução.
Somos os mesmos que sorriamos com vocês, os que antes sentávamos à mesa, que lutavamos pelos sonhos e ainda lutamos, somos em essência quem sempre fomos, longe das lágrimas e pertinho da felicidade.
O que desejamos é o Bem, a paz e a esperança, que vossa fé nos alcance como os vivos que sempre seremos, como os amados de todos os dias, como as mais belas recordações.
Enxuguem as lágrimas e nos sintam com a mesma alegria que lhes encantava o coração, apenas moramos no vale da vida eterna onde a cada dia vocês também estão mais próximos, o amor assim como a vida
Médium: Nilton Stuqui

Conte Comigo....


Conte comigo, mesmo sem contar a mim tanta coisa que lhe pesa no coração, que lhe amargura e resseca o fundo d'alma.
Conte, nas horas mais abandonadas da vida, quando o olhar, vagando em derredor, só divisar deserto.
Conte comigo, mesmo sem vontade de contar com ninguém ou certo de que não vale a pena contar com mais ninguém, nesta vida.
Conte comigo, devagarinho, deixando que a boa vontade vá dizendo, sem nada forçar, à medida em que acreditar.
Conte, durante as agonias, que, de um tempo para cá, não deixam em paz seu cansado coração, pois o bom da vida consiste em encontrar um amigo.
Conte, nas horas inesperadas, quando as tempestades despregam repentinas e tombam por cima da sua cabeça triste.
Conte comigo, para re-aprender a cantar, durante a vida, e a viver de serenas e pequeninas felicidades.
Conte comigo, para eu ajudá-lo a ter rosto bom e quieto, ao menos na presença dos filhinhos menores, que vivem dos rostos abertos.
Conte, para auxiliá-lo no amargo carregamento da cruz.
Conte comigo, para ficar sabendo, de experiência, que há na vida muita coisa linda, coisa escondida, prêmio de quem se venceu na dor.
Conte, para triunfar, no ritmo vagaroso do dever, na cadência da paz diária, aprendendo a teimar com as teimas da vida madrasta.
Conte, que são largos os caminhos da vida, esperando os passos duplos de dois amigos que vão, na direção da conversa.
Conte comigo, para saber olhar ao alto, buscando a face de um Pai.
Conte, mesmo para não se entregar aos desânimos e desencantos, de quem anda cheia da vida, do começo ao fim.
Conte comigo, que venceremos juntos, anjo da guarda com seu pupilo.
Conte, que a vida tem ser bela, criando nós as belezas, de dentro para fora, obrigação do coração, missão da Fé.
Conte comigo, conte sempre, teimando com você mesmo, que não quer saber de mais nada, ofendido que foi, descrente que anda.
Conte quando, olhando para a frente, não sente vontade de andar; olhando para trás, tem medo do caminho que andou.
Conte comigo, para que tenha valor e beleza cada passo seu, cada dia da vida, cada hora dentro de cada dia.
Conte, conte mesmo, sabendo que Deus me deu a missão de fazer companhia aos desacompanhados corações dos homens.

Allan Kardec
www.mensagemespirita.com.br

Deus em nossa vida

 A ideia de Deus nos tranquiliza. Sim, nos tranquiliza porque, na medida em que pensemos que o Universo está nas mãos do Criador, temos certeza de que o Universo está bem. As Leis funcionarão perfeitamente porque o Criador do Universo é perfeito.

A ideia de Deus, além de nos tranquilizar, nos aproxima, passamos a entender que somos todos irmãos.

 

Não importa a cor de nossa pele, a nossa cultura ou as nossas culturas, não importa qual seja o nosso estágio socio econômico. Importa-nos que somos todos filhos de Deus, irmãos portanto. Logo, deveremos nos aproximar afetivamente, emocionalmente para que a vida tenha um outro sentido.

 

A ideia de Deus nos permite pensar na proposta da paz. Essa paz que não se consegue através de armistícios, de assinaturas de papéis porque daqui a pouco se assinam outros papéis para a guerra, para a violência, para as licenças grotescas de que temos sido testemunhas nesses tempos do mundo.

 

A ideia de Deus nos permite pensar numa paz verdadeira porque construída  dentro da criatura.

 

A ideia de Deus nos dá familiaridade com a natureza, nos auxilia a refletir sobre a manutenção da nossa casa planetária. Na medida em que nos sintamos bem em nossa casa planetária, vamos querer que ela esteja cada dia melhor e, por causa disso, teremos cuidados com a vegetação, com os animais, com os mananciais, com o ar que nós respiramos e conosco propriamente.

 

Se estamos preocupados com a natureza, com a ecologia, com o ecossistema, já sabemos que o ser humano é o indivíduo mais importante desse ecossistema.

 

Então é justo que pensemos em Deus, que permitamos que a ideia de Deus conviva com a nossa vida cotidiana, acreditando sempre que a ideia de Deus não pode ser um adorno social para as questões de fé. O Criador não precisa dessas confissões labiais que nós usamos tanto.

 

Eu tenho muita fé em Deus. Eu acredito em Deus. Não é isso o mais importante. O mais importante é que vivamos de tal forma na Terra que Deus, isto sim, possa confiar em nós.

 

A partir dessa confiança de Deus em nós, Ele nos oportunizará sempre as condições melhores para a realização de que temos necessidade no mundo.

 

Todas as complicações do planeta irão desaparecendo porque nos amaremos a nós próprios, e reciprocamente. Nós todos nos respeitaremos, aprenderemos a compreender ou admitir que as pessoas possam ser diferentes de nós, que as pessoas devam ser diferentes de nós.

 

Seria terrível um mundo em que todos fossem iguais, um mundo cujo arquétipo fosse copiado por toda a massa de bilhões de almas.

 

A grande beleza da Divindade é nos fazer de tal modo que cada um seja um. A grandeza de Deus é permitir que nós construamos nossa própria feição espiritual.

 

Há esse que é calmo, aquele que é mais excitado, aquele que é brigão, mas todos estaremos marchando para a harmonia.

 

Existe esse que é cantor, aquele que é pintor, o outro que é marceneiro, que é chofer, que é boiadeiro, mas todos estamos aprendendo a lidar com a Casa Cósmica, com a morada de Deus.

 

Quando colocamos Deus em nossa vida temos grandes chances de seguir para a felicidade.

 

Não é essa felicidade de ter coisas, de ter poderes, é essa felicidade de ter a consciência tranquila pelo dever retamente cumprido ou cumprido da melhor forma que  podemos.

 

E, uma vez colocado Deus na pauta de nossas reflexões, dos nossos pensamentos, transmitindo-O aos nossos filhos, à nossa família e, entronizando-O em nosso próprio coração, as complicações do mundo atual tenderão todas  a desaparecer na caudal do amor que verte dessas regiões sublimes, onde vibra o amor de Deus.


Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 182, apresentado
por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná

Valorize seu dia

Valorize o seu dia. Isso mesmo: valorize o seu dia. Porque é tão importante este ensejo que a Divindade nos concede, que não poderíamos atirar fora de nenhuma maneira.

Cada dia que passa para nós é uma oportunidade que não volta, parecendo as  águas de um rio que vão para o mar. O rio está sempre correndo, mas aquelas águas que passaram, já passaram.

Então, cada dia é um dia que a gente não retoma. Por causa disso, ao levantarmos pela nossa manhã, ao abrirmos os olhos e dando-nos conta de que estamos vivos no corpo e que não sabemos o que enfrentaremos pelos caminhos, o que acharemos pelas estradas, o tipo de luta com que nos defrontaremos, as experiências, as dificuldades, as expiações, os testemunhos que nos aguardam, ignoramos completamente quais sejam ou quais serão.

Por causa disso, quando abramos os olhos, dirijamos a nossa oração ao nosso Criador. Agradecendo primeiro, porque estamos vivos no corpo, depois pela nossa família, pelos nossos afetos, por todos aqueles que vão compor a história daquele dia, a história do nosso dia que estará começando.

Por causa disso, não nos preocupemos com aquilo que as pessoas dirão a nosso respeito. Afinal de contas, é tão importante que nós sejamos responsáveis por nós próprios. Imaginar que alguém esteja falando de nós, tramando contra nós, é tolice. Porque as pessoas falam o que desejam falar. Quantas vezes nós também já deveremos ter falado alguma coisa nada agradável sobre os outros, que nem ficaram sabendo? Por essa razão, não há porque estarmos neuroticamente preocupados com a opinião alheia.

É natural que nós devamos ser cordatos, amigos, fraternos, simples na relação com as pessoas, mas, sabedores que teremos que dar satisfações a nós próprios. Sim, somos nós as pessoas que devem se respeitar mais a si mesmas, nós. Se quisermos o respeito alheio, primeiro deveremos nós mesmos exercitar esse auto-respeito.

Não nos importe o que se esteja pensando contra nós ou a favor de nós. As pessoas que são nossas amigas, elas fazem um juízo muito bonito a nosso respeito. Todos os nossos amigos gostam de nós, mesmo quando brigam conosco ou mesmo quando discordam da gente, eles nos gostam, eles nos adoram, gostam muito de nós.

E deste modo, temos sempre que desconfiar, no sentido de estar atento, às opiniões dos nossos amigos. Eles têm sempre um açúcar a mais a colocar na nossa vida, felizmente. Mas quando os inimigos falarem contra nós, não há porque nos atormentar, porque o inimigo quer sempre apimentar um pouco mais a nossa realidade, ele quer sempre nos colocar um pouco mais baixo do que realmente somos e deste modo, os extremos sejam sempre alvos de nossa desconfiança.

Nem aqueles que nos elogiem muito, nem aqueles que nos depredem muito.

O importante é que nós saibamos, nesse esforço do auto conhecimento, quem de fato nós somos. Não tratemos de ficar procurando criar uma imagem nossa para os outros. Bom será que nós aprendamos a desenvolver uma imagem que sirva para nós; que sirva para os outros.

Não é importante que saiamos dizendo a cada hora, a cada dia, que acreditamos em Deus, que cremos em Deus, se a nossa vida não é vivida como quem crê em Deus. Mais importante do que nós afirmarmos crer em Deus, é termos o estilo de vida diária que permita que Deus creia em nós.

É dessa maneira, que ao fazermos a nossa oração no final do dia, agradecidos pelo dia que tivemos, por tudo quanto transcorreu, pelo nosso sorriso, pela nossa lágrima, pelas perdas, pelas necessidades, pelas enfermidades, por tudo; orando a Deus e agradecendo-Lhe por isso, nós estaremos demonstrando esse espírito de fidelidade a Ele, pela vida que nos deu. De agradecimento a Ele pela oportunidade que nos trouxe, que nos concedeu. E gradativamente nós vamos aprendendo a valorizar o nosso dia.

Vemos que essas 24 horas cheia ou cheias de sentido para nós, devem trazer no seu bojo, no seu seio essas bênçãos, essas maravilhas de saber lidar com as pessoas, de saber lidar com a família, mas primordialmente de saber lidar conosco. E é dessa maneira que, aos poucos, nós iremos vivendo, cada dia, como sendo essa pérola, essa pedra preciosa do grande colar da vida.

Umas maiores, outras menores, umas mais brilho, outras com menos brilho, mas todas muito importantes, porque todas serão as pérolas de Deus aos nossos cuidados.

Deste modo, cabe-nos dizer, a nós mesmos, que estamos felizes com a vida e porque estamos felizes com a vida, não há porque descurar do nosso dia. Aproveitar o nosso dia, valorizar o nosso dia, é fazer tudo quanto nesse dia possamos fazer. Entre trabalho e repouso, entre bênçãos de lutas, de lágrimas e bênçãos de sorrisos, oferecer o nosso melhor, realizar o nosso melhor e aguardar o próximo amanhã que Deus nos dará.


Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 99, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.

Sofrimentos e resignação

Quando pensamos nessa gama de sofrimentos do nosso planeta, muitas vezes ficamos a nos perguntar a respeito do sofrimento dos bichos, dos animais. Por que é que eles sofrem?

Chegamos a compreender porque é que nós, seres humanos, sofremos. Nossos erros, nossos delitos, nossos crimes cometidos em outras existências, em outras experiências aqui no mundo, nesta mesma vida, em vidas passadas.

 

Mas e os bichos? Os bichos não erram, eles não cometem erros. Os animais seguem a Lei do determinismo e, dentro da Lei do determinismo, eles não erram nunca.

 

Jamais uma serpente dá o bote em alguém porque não gostou do rosto, porque não simpatizou com a pessoa. Ela dá o bote para se defender, porque se sente acuada. Assim fazem todos os demais animais com as suas defesas.

 

Quando pensamos no sofrimento dos animais temos que perceber que, cada ser que sofre neste mundo, tem um objetivo determinado pela Lei Divina.

 

Os bichos sofrem não para resgatar os erros cometidos. É para despertar-lhes os centros psíquicos.

 

Os animais são princípios espirituais, são Espíritos em evolução e, certamente, precisam da dor, do sofrimento para se acostumarem a buscar no planeta os recursos salvadores.

 

Jamais a Humanidade soube existir veterinários, nas florestas. No entanto, os animais sofriam e buscavam recursos na floresta. Sofrem e buscam recursos na floresta.

 

Naturalmente que tudo isso se deveu a esse processo evolutivo. A dor, nos irracionais, não tem o mesmo objetivo que a dor no ser humano.

 

No ser humano, a dor nos fustiga o lado moral para que a gente aprenda a perdoar, a ser humilde, a baixar a crista do orgulho. Mas, nos irracionais não, a dor tem outro sentido. É de fazê-los crescer, fazê-los progredir.

 

Olhamos o nosso gato em casa, o nosso cão e, de repente, eles vão comer grama, comem capim. A gente não sabia o que eles estavam sentindo. Põem para fora, regurgitam e ficam sãos.

 

Quem foi que ensinou a esses animais a buscar em a natureza vegetal o remédio para seus problemas?

 

Assim se passa com as aves, com as feras, na intimidade da floresta e, naturalmente, temos que convir que há um caminho importantíssimo a trilharmos, que é o da compreensão.

 

Na medida em que sabemos disso, encaramos melhor as dores do mundo, as dores da Terra, com uma virtude que se chama resignação.

 

A resignação, de maneira alguma, será acomodação. Não temos que cruzar os braços porque sofremos ou diante das dores e deixar que Deus resolva.

 

Se estamos desempregados, temos que correr atrás do trabalho. Se estamos enfermos, temos que buscar a medicina, a medicação, o tratamento. Se temos qualquer problema neste mundo, neste mundo teremos que resolvê-lo.

 

Mas a resignação não é sinônimo de acomodação, vale repetir, a resignação é o olhar que temos para esses fenômenos, é a maneira como vemos esses fenômenos.

 

Se não fosse a resignação, entraríamos na rota do desespero, entraríamos no circuito da desolação porque, quando não compreendemos porque sofremos, sofremos duas vezes.

 

A primeira vez pelo sofrimento em si, a segunda vez pela ignorância a respeito dele.

 

Por isso, é a Doutrina dos Espíritos que tem, no seu contexto e nos seus textos, essas explicações, esses recursos para nos fazer pensar na razão pela qual os seres humanos sofremos e por qual razão os irracionais sofrem na Terra.

 

Vale a pena pensar que os animais sofrem por um sentido: para despertar-lhes a vida psíquica, acordamento dos seus valores psíquicos enquanto o ser humano sofre para resgatar seus débitos e realizar aprendizagens no campo moral.

 

Daí começarmos a perceber como é importante essa virtude da resignação.

 

O Evangelho segundo o Espiritismo, a terceira obra da Codificação da Doutrina Espírita, feita por Allan Kardec nos explica que, enquanto a obediência corresponde ao consentimento do raciocínio, da razão, a resignação corresponde ao consentimento do coração. É o nosso sentimento que nos dá ensejo à resignação.

 

Ser resignado não é ser paralisado, estagnado, acomodado, inerme, inerte. Resignado é ter o entendimento da razão das coisas, o que não nos impede de sofrer, nem de chorar, mas que nos dá a alegria de saber que estamos dando conta do nosso recado no mundo.


Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 172, apresentado
por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná

Estás Preocupado

 É compreensível que te surpreendas em estado de preocupação, quando te defrontes com os diversos desafios do teu cotidiano.

Não será tarefa simplista o ter que dar conta dos que fazeres domésticos, associados aos da profissão e do convívio social.

Realmente, concebe-se que são tantas coisas a pesar sobre o teu sentimento, sobre os teus pensamentos, sobre o teu humor, que, vez que outra, percebes que foste invadido por ondas de preocupações, para o que abriste as portas morais.

Entretanto, vale parar um pouco e meditar acerca desse fenômeno.

Quando te preocupas, passas a dispender largas quotas das tuas energias na direção do objeto da tua preocupação.

Se a causa é válida, converge a preocupação em ação positiva e benfazeja, ao invés de te manteres paralisado à frente do desafio.

Se o móvel da preocupação não tiver a marca do legítimo valor, se o teu estado psicológico prende-se ao desejo de posse, ao ciúme, à falta de fé em Deus ou a qualquer capricho nocivo à saúde da alma, é chegado o tempo de, à custa dos necessários esforços, te desligares dessa sintonia, que te irá minando o mundo íntimo, sem que encontres solução, podendo escorregar para valões de desespero, mágoa, ódio ou indiferença, ou em estado extremo, podendo impulsionar-te para o crime, que tem variado espectro para as almas lúcidas que conhecem, ainda que por simples informações, as orientações das Leis Divinas.

Desse modo, estuda com clareza as fontes e motivos das tuas preocupações, considerando com o Celeste Guia que a cada dia já basta o seu mal.

Na certeza de que estás no mundo a fim de aprender, crescer e amar, nos roteiros da felicidade, não te permitas sucumbir ante problemas de saúde, financeiros, mal-entendidos ou familiares. Aprende a resolver, um após outro, os teus problemas e, na certeza de que o tempo é o fator de resolução de todos os enigmas, entrega as tuas preocupações ao Criador e marcha adiante aguardando a luz do novo dia, que sempre brilha após as noites de horror e sombras.

Não te deixes aturdir pelas exageradas preocupações, trabalhando com valor e afinco o cerne de ti mesmo.

Ganhando Resistência

 


Reconhece você que a sua resistência precisa aumentar; por isso mesmo não despreze o esforço no bem algum tanto a mais além do nível.

Se o trabalho parece estafante, suporte mais um pouco as dificuldades em que se lhe envolvem os encargos.

Onde lhe pareça já haver exercitado o máximo de humildade, apague-se um tanto mais em favor de outrem para que o seu grupo alcance a segurança ideal.

Demonstre um pouco mais de paciência nos momentos de inquietação e evitará desgostos incalculáveis.

Abstenha-se algo mais de reclamações mesmo justas, no que se reporta aos seus interesses pessoais, e observará quanta simpatia virá depois ao seu encontro.

Mostre um pouco mais de serenidade nos instantes de crise e você se transformará no apoio providencial de muita gente.

Confie algo mais na proteção da Bondade Divina e conseguirá superar obstáculos que se lhe figuravam intransponíveis.

Nos dias de enfermidade aguente um tanto mais as dificuldades do tratamento e você apressará as suas próprias melhoras de maneira imprevisível.

Tolere um tanto mais as intrigas que, porventura, lhe assediem o campo de ação, sem lhes oferecer qualquer importância e defenderá a sua própria felicidade, com inesperado brilhantismo.

Você vive no mundo em meio de provas e lutas, desafios e necessidades, ao modo de aluno entre as lições de que precisa na escola, em favor do próprio aproveitamento; aprenda a suportar os convites ao bem dos outros e você ganhará os melhores valores da resistência.

André Luiz por Chico Xavier