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Livros e crianças


No processo de transição pelo qual o planeta passa, vale a pena ressaltar o papel do livro infantojuvenil nesse contexto.
Ressaltemos mais uma vez, que a veneranda Doutrina Espírita, não é proposta teológica salvacionista, mas sim pedagogia educativa por excelência.

Em tempos em que as referências educativas escasseiam, o livro segue como instrumento precioso de edificação.
Evocando para nossa breve reflexão à questão 383 de O Livro dos Espíritos:
Qual, para este, a utilidade de passar pelo estado de infância?
“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”

Sabemos que na infância o espírito está mais suscetível a agregar os valores educativos que lhe são apresentados, por isso, é preciso tratar desse assunto com a maior seriedade possível.
Uma criança educada pela proposta esclarecedora da Doutrina Espírita será um adulto mais equilibrado amanhã.
A infância é campo fértil para a semeadura de valores imperecíveis para a vida imortal.
No trato educativo com a criança, não se pode esquecer que o educador está educando o espírito, e não o corpo infantil.
Todo e qualquer teor educativo apresentado à criança terá repercussões em sua trajetória de imortalidade.
A criança é uma grande observadora do comportamento do adulto e procura imitá-lo em suas ações.
Podemos afirmar que os conceitos equivocados a respeito das verdades espirituais são outorgados à criança como herança educativa inibidora das potencialidades da alma, pois que, há séculos, a educação proposta pelas religiões émeramente punitiva.

Com o advento do Espiritismo, chega a era da educação do espírito imortal.
Nesse processo educativo, a literatura infantojuvenil espírita cumpre papel decisivo.
O adulto tem vasta literatura para compilar nos momentos mais difíceis.
A criança começa a receber em nossos dias livros espíritas bem cuidados, em seu aspecto gráfico e de conteúdo.
O jovem ainda está à deriva de uma literatura espírita de qualidade, que fale sua língua e responda suas indagações.
Os pais, como primeiros educadores do espírito imortal, devem se valer da presença do livro na vida de seus filhos.
O livro, a contação de histórias desde o berço é instrumento que cria profunda intimidade entre pais e filhos.
A criança que ouve uma história contada pelos pais, jamais irá esquecer do momento mágico em que teve sua imaginação excitada pelos pais amorosos.
Os pais que leem com e para os filhos, estabelecem um vínculo de confiança, que, se nutrido sistematicamente, irá perdurar por toda a vida.
A contação de histórias entre pais e filhos é processo intimista, agregador e criador de laços afetivos dos mais nobres.
A criança que se desenvolve com essa prática educativa terá nos pais os amigos de todas as horas.
Com isso, na fase juvenil, no período da adolescência, tido como o mais tempestuoso, o jovem educando se sentirá confortável emocionalmente para buscar os pais em suas dificuldades.
A educação pelo livro, pelas histórias, é um dos mais belos recursos educativos dos nossos tempos.
Quando a tecnologia apresenta produtos cada vez mais atraentes em recursos e diversão, o livro ainda ocupa o seu espaço, pois mexe com a imaginação.
Criança que lê se emancipa para a vida.
Pais que leem na frente dos filhos desde tenra idade, educam pelo exemplo das boas ações.
Refletindo pelas páginas luminosas de O Evangelho segundo o Espiritismo transcrevemos:
“Ó espíritas! Compreendei hoje o grande papel da Humanidade; compreendei que quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir; sabei vossos deveres e colocai todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: ” (Cap. XIV 9)

Convidamos os pais a conversarem com seus filhos em todas as horas.
Os pais são as referências por excelência.
Cada gesto realizado pelos educadores é massa que modela o caráter do educando.
Cada palavra emitida pelos educadores é vibração que marca a alma do educando.
Quem grita dentro de casa, verá seus filhos gritarem amanhã.
Quem é violento com os filhos, será ferido pela violência exemplificada.
Transmitir os postulados da Doutrina Espírita através dos livros infantojuvenis é tarefa inadiável para os dias atuais.
Presenteie as crianças com livros e leia com elas, LIVROS são asas que levam o espírito ao voo da própria redenção.

Por Adeilson Salles


Educação para quê? Por Jane Maiolo

 A EDUCAÇÃO, SE BEM COMPREENDIDA, É A CHAVE DO PROGRESSO MORAL

A humanidade é, genuinamente, produtora de conhecimentos, desde os primórdios o homem procura solucionar problemas que afetariam sua sobrevivência senão utilizasse de seu bom gênio, da sua intuição, da sua inteligência.

A capacidade investigativa e criativa do homem possibilita-lhe sempre novos caminhos, novas descobertas, novas perspectivas.

Num cenário, propício a desenvolver as habilidades socioemocionais e sóciocognitivas, solidificado ao longo dos milênios, eis que surge a escola e consequentemente o professor.

Se a escola é um organismo vivo e complexo, cuja esperança é o currículo mais almejado, o professor é o oxigênio de todo esse corpo. Sentir-se professor é ter a lucidez da desconstrução contínua no momento histórico, líquido onde há de se reconstruir a cada instante.

O professor é o profissional cujo maior interesse é o aluno. É o aluno que interessa, que aprende, que avança, que cria, que inventa, que realiza, que lhe tira o sono, que lhe rouba a paz, que lhe impulsiona as mudanças e a aquisição de novos valores.  Portanto, sem oxigênio o aluno não respira. O que seria o oxigênio se não tivesse função a cumprir? Certamente esse é um processo bilateral, aprende o aluno, mas também o professor.  Talvez o professor saiba, sem saber, que a sua profissão lhe aproxima do amor ágape e que sua atuação deva ser um compêndio de valores e ações que contribuam para a transformação da sociedade tornando-a mais equilibrada, humana e socialmente justa, entretanto, educar para quê?

Notário aceitar que “a educação, se bem compreendida, é a chave do progresso moral, instrumento pelo qual a humanidade se renovará”, como afirmava o mestre lionês Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Há décadas acompanhamos os sérios problemas dos desvios morais, do desequilíbrio no caráter e da ausência de valores elevados. O alto índice da violência como reflexo de uma sociedade sem inteligência racional, sem rumos e sem perspectivas progressistas demonstram como a revolução educacional é urgente.

Nas últimas três décadas 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas no Brasil, o negro ainda hoje é sobre representado nos estratos sociais de mais baixa renda, o feminicídio ainda é crescente fortalecendo uma concepção de sociedade patriarcal. Relata o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2013, que em 2012 foram notificados 50.617 casos de estupro no país.

O Brasil é um dos países mais violentos do planeta. A cada ano mais de 53 mil pessoas são assassinadas, outras 54 mil morrem em acidentes, inclusive os de trânsito, 12 mil se suicidam e 10 mil são fatalmente vitimados de forma violenta sem que o Estado consiga definir a causa do óbito. Educar pra quê?

Educação significa VIDA, vida que vale a pena preservar. Educar é parceria família e escola.

Valorizar o professor é questão de esperança nas futuras gerações. Que as políticas públicas possam contemplar o professor na sua identidade múltipla geradora de vida, sabedoria e esperança!

Os Homens, de boa vontade, se servirão de seu entendimento para iluminar os rumos da nossa Humanidade.

Referência

KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB , 2007- questão 917

Fonte: Rede amigo espirita

As Crianças e o Mundo Espiritual


Impossível não se encantar com a alegria e a inocência de uma criança. Época de muitas  descobertas e aprendizados, que ficarão para sempre guardados na memória e serão levados por toda a vida.

Dai a necessidade dos adultos que receberam como missão acolher esse espírito em evolução, dedicarem toda a atenção na formação e educação desse ser.

Apresentar às crianças o mundo espiritual, que existe um Pai misericordioso e amoroso e um propósito maior, além dos horizontes físicos, é contribuir para que esse espírito possa se sentir mais completo para concluir seu projeto reencarnatório ao longo das etapas da vida.

Porque além do corpo pequenino de uma criança, habita um espírito antigo que traz consigo em sua bagagem o conhecimento de muitas outras vidas. Muitos desafios envolvem o processo educativo e as relações familiares, e a orientação espiritual as crianças desde cedo,  pode representar a diferença no êxito de sua existência.

Ensinar com amor, transmitindo os valores morais e espirituais, as aproximando de Deus, contribuirá para que possa crescer e se tornar um adulto mais preparado e equilibrado para enfrentar as diferentes situações da vida.

Somos um espírito eterno vivenciando uma experiência física e as conquistas interiores são para sempre. A cada nova encarnação, recebemos novas oportunidades e nada melhor do que poder contar com a ajuda dos familiares nessa jornada evolutiva.

Além dos familiares, graças a misericórdia divina, cada um ao reencarnar é acompanhado por espíritos amigos, mentores responsáveis desde a infância até o retorno à espiritualidade,  para que tenhamos sucesso, cumprindo os propósitos que foram escolhidos.

Quando se fala das crianças e o mundo espiritual, no processo educativo para um novo tempo, a pedagogia espírita tem entre seus princípios básicos, o amor, a liberdade e a ação para uma educação ativa.

Segundo Dora Incontri, coordenadora da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita: “Não existe educação em seu significado profundo, sem o exercício do amor e sem o conhecimento de si mesmo, ou seja, sem que o educando se reconheça como espírito imortal, filho de Deus, dotado do germe da perfeição”.

Para Dora ainda é uma proposta de renovação educacional, uma leitura do espiritismo como educação. Achamos que a espiritualidade tem que ser ensinada às crianças das novas gerações de maneira plural, de modo que elas possam seguir seus caminhos, mas que tenham sobre tudo a espiritualidade.

>> Fonte

Educação no Lar


“Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai” – Jesus


Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar os seus propósitos.

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.

A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.

Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espirito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.

Ouçamos a palavra do Cristo, e se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.


Emmanuel. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Rio de Janeiro: FEB.

Conflitos na Sociedade

 

As famílias e a sociedade, ante os problemas aflitivos dos comportamentos desregrados e violentos pergunta-se por que? De quem é a responsabilidade por essa situação.

Este questionamento persegue a humanidade há muito tempo, contudo, nos dias de hoje, a responsabilidade vem recaindo sobre os meios de comunicação de massa, e precisamos analisar de fato:


Quem é o responsável?

Os quadros são deveras preocupantes, no contexto das famílias, em grandes contingentes.

Os problemas são tristemente hediondos, ao lançarmos o olhar sobre os dramas sociais.

A desorganização que se apresenta, em toda parte, tem causado pasmo às consciências atentas, produzindo estupor mesmo naqueles que não conseguiram grandes quotas de maturidade. Todos percebem que muita coisa vai mal, e que se espalham inseguranças e pavores aqui e acolá.

Passando em revista todos esses infortúnios que solapam a vida social, achamos na carência educacional, no desleixo para com a educação, desestruturadores componentes dessa dissolução ética da atualidade, nas ocorrências enlouquecidas de cada hora, que impõem a muita gente a dor moral e o pranto incontido.

Quando analisamos, mesmo superficialmente, os referidos quadros de desarmonização das pessoas e, quando levantamos as possíveis causas desses flagelos, não são poucas as vozes que alardeiam a culpabilidade dos veículos de comunicação de massa.

Acusa-se a televisão, o cinema, a arte cênica, em geral; condenam-se as revistas da exploração erótica, quanto os jornais de exibição escandalosa.

O sistema condenatório é dos mais antigos que se conhece. Fugir sempre de toda e qualquer responsabilidade , numa tentativa de abafar a consciência, relativamente à parte que cabe a cada um.

Ninguém descartará a influência infeliz dos citados veículos, no bojo de uma sociedade que parece haver-se olvidado das leis do equilíbrio, mantendo nefando contrato sombrio com as forças desagregadoras do caráter. Entretanto, com um pouco mais de atenção, atendendo à meditação amadurecida, chegaremos a cogitar que todos os instrumentos da comunicação de massa focalizados, tanto podem atender aos serviços da luz, quanto aos da treva, podem exprimir mensagens da degradação ou da harmonia, do grandioso e do belo.

O ponto central da questão repousa nos seres que estão forjando as programações televisivas, teatrais ou periodísticas.

Os maus programas, os espetáculos deprimentes ou o noticiário apelativo e mesquinho são selecionados pelos indivíduos saídos dessa ou daquela família, de uma ou outra instituição educacional, de tal ou qual sociedade.

Realmente, toda a gama de alucinações, de violência ou de pornografia, que vaza dentro dos lares ou que destila nas almas, advêm do elemento humano deseducado para atender aos objetivos do Criador no planeta.

A desorientação moral a que são relegados tantos pequenos e enormes grupos de jovens, os exemplos de corrupção dos costumes e o depauperamento do caráter dos adultos são inquestionavelmente, matrizes para que esses veículos sejam controlados de maneira tão infeliz. Apenas refletem o espiritual de que foram vítimas essas almas, nas faixas infantis e juvenis, em tempos distantes ou nos dias presentes. É lamentável constatar, mas são nossos filhos, irmãos, pais ou amigos, os responsáveis pela deformação das mentes, por meio dos diversos canais comunicadores, quando o lar renunciou a esse dever ou quando a família desleixou-se no que diz respeito à orientação dos seus.

Perante , a tentação de inculpar os meios de comunicação, como os únicos responsáveis pela dissolução em voga, será válido meditar sobre o papel dos educadores junto à criança quando diante do moço.

Atendemos, devidamente, aos nossos deveres à frente da existência, demonstrando anos nossos educandos a seriedade da vida?

Temo-nos mantido na fidelidade aos compromissos domésticos, nutridos pelos ensinos cristão da nossa fé?

Adotamos postura crítica, analítica, ao lado dos nossos meninos ou dos nossos jovens, para que amadureçam conosco, ao longo do tempo?

Conseguimos renunciar aos próprios vícios e enganos conscientes, a fim de orientar nossos pequenos com base em dignas e seguras trajetórias?

Com sinceridade permeando esses questionamentos, dirigidos a nós próprios, sentiremos que o tempo urge e quem responderá pelo estado de coisas desequilibrado, que enferma a sociedade, será sempre aquele que não tem sabido honorificar os compromissos assumidos ante à Consciência Cósmica, para gozar, egoisticamente, os fogos-fátuos de agora, que logo mais apagarão, pois que são fátuos, deixando os equivocados e inconscientes diante da necessidade dolorida e decepcionante de recomeçar a tarefa mal cuidada, por haver-se aconselhado com as torpezas e insensibilidades que o materialismo engendra e sustenta, em detrimento dos objetivos de Deus, relativos aos Seus filhos da Terra.

 

Fonte: TEIXEIRA, José R. Vereda Familiar. Espírito Thereza de Brito. Niterói, RJ: Fráter, 1991.