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Dia de Finados

No calendário terrestre, desde há muito reservou-se um dia para homenagear os mortos. De alto significado, no Brasil existe um feriado muito honorável, a fim de dar oportunidade aos vivos, que lhes experimentam ou não as saudades, de exprimirem afeto e gratidão, assim como as ausências do corpo somático.

Na visão materialista, esses mortos foram consumidos pela decomposição orgânica, permanecendo apenas alguns elementos constituidores do corpo: cabelos, unhas, dentes e excepcionalmente outros que resistiram à consumpção carnal.

Para os espiritualistas, no entanto, além da memória e do afeto que permanecem, ficaram as certezas de que eles vivem em outra dimensão de energia, perpetuados pelo fenômeno da Vida. Ninguém morre, esta é a realidade.

A tese materialista tem sido ultrapassada em razão das infinitas manifestações dos chamados mortos desde épocas mui remotas.

Em todas as páginas da História os fenômenos mediúnicos têm ocorrido através de pessoas especiais, que receberam nomes específicos, oferecendo a presença, em alguns casos, dos denominados invisíveis em constantes tentativas de comunicação com os encarnados.

Fenômenos de alta magnitude ante guerras lamentáveis e disputas cruéis de governantes desalmados diminuíram os sofrimentos das nações e dos povos ou aumentaram os horrores em vivência; isto, porque nem todos aqueles que se comunicavam eram possuidores de requisitos morais relevantes.

De acordo com a ética e moral vigentes, eram atraídos aqueles Espíritos de igual nível, que demonstravam, por cima de tudo, a sobrevivência à disjunção molecular.

Se bárbaro o povo, os seus desencarnados, invariavelmente, eram impiedosos e violentos, de forma compatível com a evolução espiritual que os caracterizava.

Revelações profundas orientaram civilizações hoje mortas sob as águas oceânicas e os areais dos desertos…

Com a revolução do Espiritismo e as investigações científicas e filosóficas no século XIX, até o momento combatidas, mas não superadas, a morte foi substituída pela desencarnação ou abandono da vestimenta carnal, mantendo-se a vida e a comunicação com os que permanecemos no mundo físico.

Na atualidade, estudos profundos da Física Quântica e da Astrofísica, das doutrinas cerebrocêntricas, psicológicas, acompanhando os fenômenos mediúnicos constatam as alterações do cérebro, nas áreas metafísicas, como meditação, prece, sentimentos superiores e inferiores, confirmando a manifestação mediúnica.

Continua amando os mortos queridos que nos acompanham, convivem conosco e inspiram-nos ao prosseguimento da jornada através das lições incomparáveis de Jesus.

Desse modo, façamos da nossa existência um Evangelho de feitos, a fim de sermos felicidade.

Divaldo Franco - Professor, médium e conferencista espírita                                                                                                                                         Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 3 de novembro de 2022 


Haja paz!

Interrogam alguns companheiros de jornada:

- E agora, qual a missão histórica da pátria brasileira? Onde a pátria do Evangelho, coração do mundo?
Ocorre que a divina visão difere fundamentalmente das observações e cuidados do ser humano.
Na atmosfera terrestre muitas batalhas travadas impõem um retroceder para melhorar o campo e facilitar o próximo avanço para ser caracterizado pela vitória.
Nas Divinas Leis não há retrocesso. Ocorrem momentos estanques nos quais a glória cede lugar à preocupação e o prazer à melancolia.
Enquanto isso sucede, planos superiores projetam outras diretrizes objetivando o futuro. O Bem sempre triunfa em qualquer circunstância, porquanto, o que parece prejuizo transforma-se em conquista de experiência e somente perdermos aquilo que temos, mas que não possuímos e está transitoriamente em nossas mãos...
Seja a nossa uma atitude estoica, desapaixonada, de confiança irrestrita em Deus e no Sublime Guia da nau terrestre.
Não são pequenos os embates entre as correntes humanas que dificultarão a marcha do progresso.
Perguntamos se de fato a população brasileira está em condições de desempenhar a tarefa que lhe está reservada e constataremos lamentavelmente que não...
As paixões estão em todos os lados, os ódios encorajam as ondas nas disputas e os desejos de vingança, ainda mal contida, escapam a cada momento nos comentários ácidos e revoltados contra tal ou qual conduta.
Necessário confiar no Comandante que, afinal, é o Autor do planeta que nos está oferecido para evoluir.
Virão dias difíceis porque os temos produzido.
Onde a solidariedade geral? Onde, também, o sentimento de compaixão por aquele que está do outro lado e é nosso irmão?
Discrepar talvez, não dissentir, não ficar contraface a essa atitude, é difícil a santa fraternidade.
Ficar sempre a favor do Bem, onde o Bem se manifeste ou ainda não se haja instalado.
Cumprir com o dever que nos cabe e não excogitar e querer justificativa para as ocorrências que a insensatez elabore num período a fim de colher os frutos amargos, azinhavrados, no futuro.
Irmãos espíritas! Tende cuidado!
O mal insidioso que tem vivido em cada um espera estímulo para desvelar-se, e num momento de descuido pode derrubar construções venerandas de muitos séculos.
A Inquisição, que se dizia protetora do fenômeno da fé, atrasou moralmente a evolução da Terra por mais de quinhentos anos. Por culpa de quem, senão daqueles que procuraram a ilusão do poder em detrimento do sacrifício do dever?
Agora, no planeta envolto nos desafios do seu processo natural, observamos algo parecido e, se as nossas atitudes não se tornarem dignas – as dos denominados bons que se revoltam, demonstrando que não são tão bons assim, porque não suportam o calor da batalha ou o frio do sofrimento necessário para a evolução -, teremos consequências perversas.
Tenhamos em mente que somente nos acontece o de que necessitamos para sermos felizes e melhores.
Tudo aquilo que sai da órbita do que nos parece o melhor, certamente não é tão bom assim como pensamos.
Tenhamos paciência, conforme o inefável amor de Jesus Cristo e cantemos hosanas, porque nos encontramos em pleno fragor da batalha útil, ao invés da inércia perigosa e doentia.
Deixemos que viva Jesus em nós e que Suas lições não sejam apenas páginas fulgurantes que nos fascinam e nos arrastam para a luz.

Muito bom ânimo, irmãos da jornada!

Vianna de Carvalho
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em 10.1.2023

“Vacina contra a dor”

 O desamparo e a indiferença são irmãs gêmeas, doenças pandêmicas que assolam a humanidade. Desde eras incontáveis carregadas de injustiça, elas driblam todos os esforços e se instalaram na modernidade.

A ciência atual com toda sua sabedoria ainda não conseguiu compreender como tratar aquelas viroses amparadas pela competição e luta de poderes que geram agressividade, resultando notar-se em todo lugar e em quaisquer ideologias os atritos que conseguem separar corações amigos, que, ainda não confirmados pelo amor, sobrepõem-se aos sentimentos para fixar-se em desejos de curta duração e que geram o vazio existencial.

Só a terapêutica mais simples, de um homem simples artesão do amor, que foi Jesus, oferece a pauta do roteiro para encontrar a vacina que vai prevenir males diversos e dores infinitas.

A Dra. Candace Pert esclareceu em seu livro “Molecules of Emotion” que as emoções estão interligadas com as moléculas e vice-versa, daí a importância de codificar as emoções reprimidas e libertar a alma do sofrimento que, em continuação, será uma dor física.

No final, o que faz sofrer mais, uma dor física ou a separação afetuosa daqueles corações queridos que nos iluminam com sua presença?

A vacina do amor tem que ser tomada em várias doses, que devem ser contínuas, a fim de que ofereçam a imunidade necessária e assim vencer o sofrimento.

A culpa como sintoma fala incessantemente de nossa indiferença perante a vida, porque isola a dor e recusa viver, portanto, predispondo para sofrer as consequências do abandono da ética e moral.

A vacina ideal para esta e as épocas vindouras terá que possuir uma boa dosagem de gentileza que espalhe sorrisos, que traga leveza às mentes atormentadas pelo materialismo que ainda não permite pensar-se que somos seres metafísicos, estelares e filhos de Deus.

A nossa vacinação consistirá em várias doses de perseverança para que o bem se imponha, para que os bons não fiquem calados e que sejamos todos uma família disposta a compartilharmos nossos problemas, conflitos e juntos vivenciarmos a solução do amor.

O remédio perfeito abrirá os olhos de todos para discernirmos que as verdadeiras lideranças estão nos lares, nos afetos legítimos, responsáveis pela superação das paixões.

Hoje, quando se têm tantas dúvidas sobre vacinas, para conseguirmos a sua real efetividade, deveremos primeiro refletir se estamos dispostos a tomar a do amor para engrandecer nossos corações.

Na tradição evangélica o coração, como nascente de bênçãos e de emoções, deve ser cultivado pelo bem, pelo devotamento à vida em todas as suas expressões.

Quando conseguirmos viver as expressões do bem, teremos tomado a vacina contra o mal e seremos saúde integral.

  • Artigo publicado no Jornal A TARDE (Bahia), escrito por Divaldo Franco – Professor, médium e conferencista            

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 5 de fevereiro de 2021.

O Bem é a Meta


 O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância. 

 Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova. 

 Sem alarde, em luta ingente, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã. 

 Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, corno fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo. 

 Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apoiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão. 

 Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não, porém, grupo ao abandono. 

 Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações. 

 O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade. 

 Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor. 

 *

 Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas. 

 Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa – como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar. 

 *

 Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas. 

 Passada a tempestade, a luz volta a fulgir. 

 A sombra é somente ausência da claridade. Não é real. 

 Só Deus é Vida; somente o Bem é meta. 

 

Franco, Divaldo Pereira. Da obra:  Momentos Enriquecedores.

 Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.