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Educação para quê? Por Jane Maiolo

 A EDUCAÇÃO, SE BEM COMPREENDIDA, É A CHAVE DO PROGRESSO MORAL

A humanidade é, genuinamente, produtora de conhecimentos, desde os primórdios o homem procura solucionar problemas que afetariam sua sobrevivência senão utilizasse de seu bom gênio, da sua intuição, da sua inteligência.

A capacidade investigativa e criativa do homem possibilita-lhe sempre novos caminhos, novas descobertas, novas perspectivas.

Num cenário, propício a desenvolver as habilidades socioemocionais e sóciocognitivas, solidificado ao longo dos milênios, eis que surge a escola e consequentemente o professor.

Se a escola é um organismo vivo e complexo, cuja esperança é o currículo mais almejado, o professor é o oxigênio de todo esse corpo. Sentir-se professor é ter a lucidez da desconstrução contínua no momento histórico, líquido onde há de se reconstruir a cada instante.

O professor é o profissional cujo maior interesse é o aluno. É o aluno que interessa, que aprende, que avança, que cria, que inventa, que realiza, que lhe tira o sono, que lhe rouba a paz, que lhe impulsiona as mudanças e a aquisição de novos valores.  Portanto, sem oxigênio o aluno não respira. O que seria o oxigênio se não tivesse função a cumprir? Certamente esse é um processo bilateral, aprende o aluno, mas também o professor.  Talvez o professor saiba, sem saber, que a sua profissão lhe aproxima do amor ágape e que sua atuação deva ser um compêndio de valores e ações que contribuam para a transformação da sociedade tornando-a mais equilibrada, humana e socialmente justa, entretanto, educar para quê?

Notário aceitar que “a educação, se bem compreendida, é a chave do progresso moral, instrumento pelo qual a humanidade se renovará”, como afirmava o mestre lionês Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Há décadas acompanhamos os sérios problemas dos desvios morais, do desequilíbrio no caráter e da ausência de valores elevados. O alto índice da violência como reflexo de uma sociedade sem inteligência racional, sem rumos e sem perspectivas progressistas demonstram como a revolução educacional é urgente.

Nas últimas três décadas 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas no Brasil, o negro ainda hoje é sobre representado nos estratos sociais de mais baixa renda, o feminicídio ainda é crescente fortalecendo uma concepção de sociedade patriarcal. Relata o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2013, que em 2012 foram notificados 50.617 casos de estupro no país.

O Brasil é um dos países mais violentos do planeta. A cada ano mais de 53 mil pessoas são assassinadas, outras 54 mil morrem em acidentes, inclusive os de trânsito, 12 mil se suicidam e 10 mil são fatalmente vitimados de forma violenta sem que o Estado consiga definir a causa do óbito. Educar pra quê?

Educação significa VIDA, vida que vale a pena preservar. Educar é parceria família e escola.

Valorizar o professor é questão de esperança nas futuras gerações. Que as políticas públicas possam contemplar o professor na sua identidade múltipla geradora de vida, sabedoria e esperança!

Os Homens, de boa vontade, se servirão de seu entendimento para iluminar os rumos da nossa Humanidade.

Referência

KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB , 2007- questão 917

Fonte: Rede amigo espirita

As Crianças e o Mundo Espiritual


Impossível não se encantar com a alegria e a inocência de uma criança. Época de muitas  descobertas e aprendizados, que ficarão para sempre guardados na memória e serão levados por toda a vida.

Dai a necessidade dos adultos que receberam como missão acolher esse espírito em evolução, dedicarem toda a atenção na formação e educação desse ser.

Apresentar às crianças o mundo espiritual, que existe um Pai misericordioso e amoroso e um propósito maior, além dos horizontes físicos, é contribuir para que esse espírito possa se sentir mais completo para concluir seu projeto reencarnatório ao longo das etapas da vida.

Porque além do corpo pequenino de uma criança, habita um espírito antigo que traz consigo em sua bagagem o conhecimento de muitas outras vidas. Muitos desafios envolvem o processo educativo e as relações familiares, e a orientação espiritual as crianças desde cedo,  pode representar a diferença no êxito de sua existência.

Ensinar com amor, transmitindo os valores morais e espirituais, as aproximando de Deus, contribuirá para que possa crescer e se tornar um adulto mais preparado e equilibrado para enfrentar as diferentes situações da vida.

Somos um espírito eterno vivenciando uma experiência física e as conquistas interiores são para sempre. A cada nova encarnação, recebemos novas oportunidades e nada melhor do que poder contar com a ajuda dos familiares nessa jornada evolutiva.

Além dos familiares, graças a misericórdia divina, cada um ao reencarnar é acompanhado por espíritos amigos, mentores responsáveis desde a infância até o retorno à espiritualidade,  para que tenhamos sucesso, cumprindo os propósitos que foram escolhidos.

Quando se fala das crianças e o mundo espiritual, no processo educativo para um novo tempo, a pedagogia espírita tem entre seus princípios básicos, o amor, a liberdade e a ação para uma educação ativa.

Segundo Dora Incontri, coordenadora da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita: “Não existe educação em seu significado profundo, sem o exercício do amor e sem o conhecimento de si mesmo, ou seja, sem que o educando se reconheça como espírito imortal, filho de Deus, dotado do germe da perfeição”.

Para Dora ainda é uma proposta de renovação educacional, uma leitura do espiritismo como educação. Achamos que a espiritualidade tem que ser ensinada às crianças das novas gerações de maneira plural, de modo que elas possam seguir seus caminhos, mas que tenham sobre tudo a espiritualidade.

>> Fonte

O custo do abandono emocional

“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia”. (1)-

Em época de grandes avanços intelectuais, científicos e tecnológicos é possível observar também o avanço das perturbações sociais como a criminalidade e a violência estampadas na face da sociedade contemporânea.   Estamos vivendo uma grande catarse social: feminicídios, estupros, intolerâncias, corrupções, atentados, suicídios, desestruturação da base social, da família e o triste abandono da infância.

A vitimização por homicídio de jovens de 15 a 29 anos, no país, é fenômeno denunciado ao longo das últimas décadas, mas que permanece sem a devida resposta em termos de políticas públicas que efetivamente venham a enfrentar o problema.

Quando crianças e jovens aderem a pulsão de morte e destruição significa que a vida não é importante!

O homem do século XXI tem cada vez mais conhecimento e controle sobre o mundo exterior, porém tem se afastado com a mesma intensidade do seu mundo interior. Aprendemos a dominar algumas forças da natureza, a construir diques, barragens, abrigos, porém não conseguimos nos dominar emocionalmente nem tampouco nos conhecer.

Segundo o pediatra e psicanalista inglês, Donald   Winnicott, o ser humano é dotado de uma tendência inata ao amadurecimento, tendência essa que requer um ambiente facilitador e a presença constante de um agente suficientemente bom para ajudá-lo a desenvolver-se na primeira infância, período que se estende aproximadamente até os seis anos de idade. (2)

Os primeiros anos do ser humano são marcados por intensos processos de desenvolvimento bio-psíquico-emocional.  É uma fase determinante para a capacidade cognitiva e sociabilidade do indivíduo. As crianças nesta fase precisam de amparo, compreensão, oportunidades e estímulos, para que possam desenvolver cada uma de suas aptidões, assim como criar vínculos afetivos, sentimento de pertencimento, autoconfiança, responsabilidade, dentre outros afetos.

A sociedade de modo geral vem pagando um preço alto por não compreender o papel e a responsabilidade de cada um na esfera social e humana. O transtorno mental e os distúrbios de comportamento se multiplicam, já não sabemos como agir. Para se ensinar na escola não serão apenas necessários um livro, uma caneta, uma criança e um professor como assinalava Malala Yousafzai, ativista paquistanesa, mas precisaremos de apoio de profissionais da área da saúde como neuropediatras, psicólogos, psicopedagogos, psicanalistas dentre outros.

Nossas crianças estão se desenvolvendo de maneira frágil sem sentimentos éticos como a empatia, a compaixão, juízo crítico e capacidade de suportar limites. A instantaneidade do prazer é estimulada pela insana sociedade contemporânea. Os pais têm medo de serem “pais”, deixando o posto vazio ou temporariamente fora de área de serviço, com possibilidade de outros assumirem o papel tão fundamental que é a educação integral dos filhos. A frustração precisa voltar a fazer parte da lição de casa, pois dizer “não” é um desafio que precisamos enfrentar com maturidade. Estabelecer limites é oportunizar para que a criança se adapte à realidade e aprenda a conviver e a superar os conflitos advindos do seu meio social em qualquer tempo.

A frustração, a ansiedade, a raiva, o ódio, a disputa e a privação fazem parte do aprendizado das crianças tanto quanto o amor, o respeito, a solidariedade e a fraternidade.

A segurança emocional das crianças e jovens é que está em jogo. Promover e organizar o ambiente familiar saudável é sem sombra de dúvida a única luz no fim desse túnel chamado sociedade contemporânea, caso não amadurecermos essa ideia e planejarmos outras ações continuaremos fragilizados e temerosos pelo amanhã.

A nova geração, preconizada por Allan Kardec no livro A Gênese precisa de objetivos claros e limites para se ajustarem ao novo vindouro. (3)

A humanidade se transforma, isso é evidente, porém a influência dos pais e uma educação de qualidade é sempre o material divino para ascensão de uma Nova Geração. (4)

Atentemos a admoestação carinhosa do Convertido de Damasco: “Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.”(5)

Bibliografia:

  • 2 Coríntios 4:16
  • WINNICOTT, D. W. (1969c). (1975b). Conceitos contemporâneos de desenvolvimento adolescente e suas implicações para a educação superior. In O Brincar & a Realidade. Rio de Janeiro: Imago.
  • KARDEC, ALLAN. A Gênese. 19ª Edição. SP. LAKE- CAP. CAPÍTULO XVIII

(4)   KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB , 2007- questão 208;

(5)   2 Coríntios 4:16-17