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Quais as causas do sono durante a reunião espírita?

Como evitá-lo?
Quais as causas do sono de que muitos companheiros se queixam quando participam de uma reunião mediúnica? Como evitá-lo?

Raul Teixeira: - As causas podem ser várias. Desde o cansaço físico, quando o indivíduo que vem de atividades muito intensas e que, ao sentar-se, ao relaxar-se, naturalmente é tomado pelo torpor da sonolência.

Também, pode ser causado pela indiferença, pelo desligamento, quando alguém está num lugar, fisicamente, entretanto, pensando em outro, desejando não estar onde se acha. Compelido por uma circunstância qualquer, a pessoa se desloca mentalmente.

O sono pode, ainda, ser provocado por entidades espirituais que nos espreitam e que não têm nenhum interesse em nosso aprendizado para o nosso equilíbrio e crescimento.

Muitas vezes, os companheiros questionam. ‘Mas nós estamos no Centro Espírita, estamos num campo protegido e como o sono nos perturba?”

Temos que entender que tais entidades hipnotizadoras podem não penetrar o circuito de forças vibratórias da Instituição ficam do lado de fora. Mas, a pessoa que entrou no Centro, na reunião não sintonizou-se com o ambiente, continua vinculada aos que se conservam fora, e através dessa porta, desse plug aberto, ou dessa tomada, as entidades que ficaram lá de fora lançam seus tentáculos mentais, formando uma ponte. Então, estabelecida a ligação atuam na intimidade dos centros neuroniais desses incautos, que dormem, que se dizem desdobrar:

“Eu não estava dormindo... apenas desdobrei, eu ouvi tudo...

“Eles viram e ouviram tudo o que não fazia parte da reunião. Foram fazer a viagem com as entidades que os narcotizaram.

Deparamos aí com distúrbios graves, porque quando termina a reunião o indivíduo está fagueiro, ótimo e sem sono e vai assistir à televisão até altas horas, depois de se haver submetido aos fluidos enfermiços. Por isso recomendamos àqueles que estão cansados fisicamente, que façam um ligeiro repouso antes da reunião ainda que seja por poucos minutos, para que o organismo possa beneficiar-se do encontro, para que fiquem mais atentos durante o trabalho doutrinário, levantar-se, borrifar o rosto com água fria, colocar-se em uma posição discreta, sempre que possível ao fundo do salão, em pé, sem encostar-se, a fim de lutar contra o sono.

Apelar para a prece, porque sempre que estamos desejosos de participar do trabalho do bem, contamos com a eficiente colaboração dos Espíritos Bondosos. Faze a tua parte que o céu te ajudará.

Temos, então, o sono como esse terrível adversário de nossa participação, de nosso aprendizado, de nosso crescimento espiritual. Não permitamos que ele se apodere de nós. Lutemos o quanto conseguirmos, e deveremos conseguir sempre, para combatê-lo, para termos bons frutos no bom aprendizado.

Do livro: Diretrizes de Segurança (Divaldo Franco e Raul Teixeira)

Emmanuel e a unificação do espiritismo

A unificação espiritualista constitui problema, credor da mais legítima cooperação de quantos colaboram nas obras da verdade e do bem no plano espiritual.

Difícil padronizar a interpretação, de vez que ninguém pode trair o degrau evolutivo que lhe é próprio.
Cada aprendiz da realidade universal verá de acordo com as dimensões de sua janela; ouvirá, segundo a acústica, instalada por si mesmo no santuário interior; e compreenderá, na medida de suas realizações e experiências.
 
Entretanto, nosso problema de união, ao que parece, não se relaciona com a exegese.

É questão de fraternidade sentida e vivida, portas a dentro da organização doutrinária, para que as obras não se esterilizem, à míngua de fé e para que a fé não pereça sem obras.

Trata-se de avançado cometimento da boa vontade de cada companheiro na construção do edifício coletivo do bem geral.

Serviço de compreensão elevada, em que para unir, em Cristo, não podemos prescindir da renúncia cristã, aprendendo a ceder com proveito, no esforço de todos, com todos e para todos em favor da vida melhor.

Para isso, cremos, não é necessário invocar a interpretação que sempre define “um estado de conhecimento”, sem representar a sabedoria, e nem se reclamará o concurso da política humana que constitui “uma expressão transitória de poder”, sem consubstanciar a autoridade em si mesma.

Apelaremos, sim, para as qualidades superiores do espírito, recorreremos à zona sublime da consciência, onde os valores religiosos acendem a verdadeira luz.

Razoável que os orientadores encarnados tracem programas construtivos para a feição externa do serviço a fazer.

Em tempo algum, dispensaremos a ordem, o método e a disciplina, no templo da elevação, como forças controladoras da inteligência.

Nós outros, conclamaremos o homem interno e mobilizaremos as energias do ideal, falando ao coração.

Reunamo-nos no campo da fraternidade edificante.
Não teremos espiritismo unido sem que nos unamos.

Debalde ensinaremos amor sem nos amarmos uns aos outros.
Não elevaremos a doutrina sem nos elevarmos.

Aprendamos a eliminar as arestas próprias, a fim de que o espírito coletivo paire mais alto, ligando-nos à Divina Inspiração.

Unir, para nós, deve ser aprimorar, crescer, iluminar.

Aprimoremo-nos, apresentando mais dócil instrumentalidade aos mensageiros da Vida Mais Alta.

Cresçamos em conhecimento e superioridade sentimental.
Iluminemo-nos na esfera individual, penetrando o segredo do sacrifício para enriquecimento da vida imortal.
Em seguida, a união frutificará, em nossos círculos de trabalho qual a espiga substanciosa que premia a sementeira.

Organizemos por fora, aperfeiçoando por dentro.
Então, chegaremos sem atritos mais ásperos à aquisição de nossa unidade com o Cristo, na mesma convicção que lhe engrandeceu o verbo, quando assegurou: “Eu e meu Pai somos um”.

Espírito Emmanuel, do livro Doutrina e Vida, psicografado por Chico Xavier.

Reflexão Semanal (27/08/23)

A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. 
Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.
Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.

 (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8.)

▸Estamos seguindo Jesus?

 Espiritismo em Prática

A doutrina espírita nos traz como guia e modelo Jesus Cristo. Mostra-nos a realeza deste espírito de luz e a sua perfeição moral perante nossas fraquezas, frutos de nossa falta de elevação moral. Mas pergunta-se: será que estamos mesmo seguindo jesus ? estaríamos nós prontos a dar testemunho de fé e sermos crucificados em teu nome ?

Explicaremos melhor. Atualmente dizemos muito e com convicção que estamos seguindo os passos do mestre. Mas será mesmo ? Fica aqui a reflexão: nos momentos mais duros, mais difíceis, mais ásperos da provação humana; como agimos? Fomos calmos? tolerantes? Compreensivos? temos dado a outra face para os algozes ? servido a todos os necessitados ? amado ao próximo como a nós mesmo?

Não é motivo de vergonha falhar meus irmãos. É motivo de Júbilo reconhecer-se no erro pois o primeiro passo rumo a reforma íntima foi dado por nós! Somos todos devedores saldando dívidas que nos foram misericordiosamente parceladas e reduzidas pelo Pai eterno de amor e caridade! Nossas amarguras são as correntes com o passado equívoco sendo rompidas em direção ao caminho traçado pelo mestre dos mestres. Nosso guia e modelo, Jesus, nos deixou o seu evangelho de amor para ser seguido, como roteiro de felicidades, pois que ele mesmo nos disse “Meu reino não é deste mundo” como a nos lembrar o verdadeiro sentido de felicidade.

Tenhamos no coração o mestre que nos ama, nos amou durante até mesmo o calvário. “sede perfeitos” nos lembra o evangelho, pois que todos somos seres cujo destino é livre em curso mas com o final programado da felicidade e da perfeição moral!

Por fim, reconcilia-se consigo mesmo, buscando a compreensão e a extensão das suas necessidades a serem trabalhadas. Para seguir o Cristo é necessário o desprendimento das amarras do egoísmo, do orgulho e da vaidade a fim de alcançarmos o Reino dos céus, dentro de nós mesmos. Paz em Cristo! Seguir seus passos é fórmula infalível para a alegria infinita de Deus! 

▸O espiritismo tem dogmas?

Mais um artigo sobre conhecendo o espiritismo. Neste abordaremos a seguinte questão : O espiritismo tem dogmas?

Muito se sabe que a maioria das religiões possuem certas verdades incontestáveis e muita das vezes sem uma explicação que por lógica seja aceita por muitos fiéis. O dogma é uma crença estabelecida por uma religião ou uma doutrina que é considerada como ponto fundamental e indiscutível. ponto chave que não aceita indagações ou ponderações.

Vemos muito isso conforme frequentamos diversas religiões. Chegamos a um ponto que se perguntarmos o porquê de tudo chegaremos a um dogma religioso. Isso vem do fato de muitas religiões sere interpretações de outras religiões ou de textos que foram transcritos por homens.

O espiritismo não possui dogmas visto que a qualquer pergunta existe uma resposta lógica e correta conforme a forma de pensar do homem. Isso se deve ao fato de Allan Kardec ter tido cuidado impecável ao montar as 5 obras básicas, para que não falta-se absolutamente nada em seus estudos. Kardec para evitar que a ambição e orgulho humanos manchassem o seu trabalho utilizou-se de uma interessante e engenhosa forma de se escrever o livro dos espíritos por exemplo.

Ele enviava para médiuns dos cinco continentes as mesmas perguntas e analisava as respostas. usando-se desta forma de obter as respostas dos espíritos somente assim ele seria capaz de receber a real instrução dos espíritos e descartar o que divergisse por qualquer motivo.

Assim Kardec devassou os conhecimentos humanos sobre a vida, a moral, ciência e fé de forma que os espíritos pudessem nos responder a tudo conformo nosso grau de adiantamento moral e intelectual. Somente a uma pergunta os espíritos não nos puderam ter a resposta mais completa e mesmo assim a resposta já é muito mais concreta e aceitável que a ideia que todas as religiões pregam como dogmas.

1- Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

Ao responder o que é Deus os espíritos nos dizem “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (livro dos espíritos, pergunta 1). Pela nossa pobreza de linguagem os espíritos não nos teriam como nos dar definições mais precisas sobre Deus, etão deixam-nos com a descrição geral, do seu caráter imediato e visível às fronteiras do pensamento humano.

4 -Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

O espiritismo veio como consolador prometido pro jesus a fim de devastar as dúvidas que envolviam seus dicípulos após sua partida, enfrenta à contramão a má tendência dos espíritos ainda atrasados que encontram na humanidade amplo campo de aperfeiçoamento de seus planos contrários à marcha incessante para o progresso. Por isso devemos manter a fé inabalável nas palavras recebidas por Allan Kardec e vivencia-las em nossas vidas para que possamos ser também nós – assim como o espiritismo- uma luz que ilumina as trevas, esperança para o futuro, verdadeiros irmãos da política divina do bem. Muita Paz!

Amor ao próximo

Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.

Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna.
Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, quer dizer: os humildes, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os que tem coração puro; bem-aventurados os mansos e pacíficos; bem-aventurados os misericordiosos.
Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros os que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação: julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros.
Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e de que ele mesmo dá o exemplo.
Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater.
No quadro que Jesus apresenta, do juízo final, como em muitas outras coisas, temos de separar o que pertence à figura e à alegoria.
A homens como aos que falava, ainda incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, devia apresentar imagens materiais, surpreendentes e capazes de impressionar.
Para que fossem melhor aceitas, não podia mesmo afastar-se muito das idéias em voga, no tocante à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação das suas palavras e dos pontos que ainda não podia explicar claramente.
Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma ideia dominante: a da felicidade que espera o justo e da infelicidade reservada ao mau.
Nesse julgamento supremo, quais são os considerandos da sentença? Sobre o que baseia a inquirição?
Pergunta o juiz se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas mais ou menos estas ou aquelas práticas exteriores?
Não, ele só pergunta por uma coisa: a prática da caridade. E se pronuncia dizendo: “Passai à direita, vós que socorrestes aos vossos irmãos; passai à esquerda , vós que fostes duros para com eles”.
Indaga pela ortodoxia da fé? Faz distinção entre o que crê de uma maneira, e o que crê de outra?
Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade.
  • – Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 15, item 3.

Livros e crianças


No processo de transição pelo qual o planeta passa, vale a pena ressaltar o papel do livro infantojuvenil nesse contexto.
Ressaltemos mais uma vez, que a veneranda Doutrina Espírita, não é proposta teológica salvacionista, mas sim pedagogia educativa por excelência.

Em tempos em que as referências educativas escasseiam, o livro segue como instrumento precioso de edificação.
Evocando para nossa breve reflexão à questão 383 de O Livro dos Espíritos:
Qual, para este, a utilidade de passar pelo estado de infância?
“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”

Sabemos que na infância o espírito está mais suscetível a agregar os valores educativos que lhe são apresentados, por isso, é preciso tratar desse assunto com a maior seriedade possível.
Uma criança educada pela proposta esclarecedora da Doutrina Espírita será um adulto mais equilibrado amanhã.
A infância é campo fértil para a semeadura de valores imperecíveis para a vida imortal.
No trato educativo com a criança, não se pode esquecer que o educador está educando o espírito, e não o corpo infantil.
Todo e qualquer teor educativo apresentado à criança terá repercussões em sua trajetória de imortalidade.
A criança é uma grande observadora do comportamento do adulto e procura imitá-lo em suas ações.
Podemos afirmar que os conceitos equivocados a respeito das verdades espirituais são outorgados à criança como herança educativa inibidora das potencialidades da alma, pois que, há séculos, a educação proposta pelas religiões émeramente punitiva.

Com o advento do Espiritismo, chega a era da educação do espírito imortal.
Nesse processo educativo, a literatura infantojuvenil espírita cumpre papel decisivo.
O adulto tem vasta literatura para compilar nos momentos mais difíceis.
A criança começa a receber em nossos dias livros espíritas bem cuidados, em seu aspecto gráfico e de conteúdo.
O jovem ainda está à deriva de uma literatura espírita de qualidade, que fale sua língua e responda suas indagações.
Os pais, como primeiros educadores do espírito imortal, devem se valer da presença do livro na vida de seus filhos.
O livro, a contação de histórias desde o berço é instrumento que cria profunda intimidade entre pais e filhos.
A criança que ouve uma história contada pelos pais, jamais irá esquecer do momento mágico em que teve sua imaginação excitada pelos pais amorosos.
Os pais que leem com e para os filhos, estabelecem um vínculo de confiança, que, se nutrido sistematicamente, irá perdurar por toda a vida.
A contação de histórias entre pais e filhos é processo intimista, agregador e criador de laços afetivos dos mais nobres.
A criança que se desenvolve com essa prática educativa terá nos pais os amigos de todas as horas.
Com isso, na fase juvenil, no período da adolescência, tido como o mais tempestuoso, o jovem educando se sentirá confortável emocionalmente para buscar os pais em suas dificuldades.
A educação pelo livro, pelas histórias, é um dos mais belos recursos educativos dos nossos tempos.
Quando a tecnologia apresenta produtos cada vez mais atraentes em recursos e diversão, o livro ainda ocupa o seu espaço, pois mexe com a imaginação.
Criança que lê se emancipa para a vida.
Pais que leem na frente dos filhos desde tenra idade, educam pelo exemplo das boas ações.
Refletindo pelas páginas luminosas de O Evangelho segundo o Espiritismo transcrevemos:
“Ó espíritas! Compreendei hoje o grande papel da Humanidade; compreendei que quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir; sabei vossos deveres e colocai todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: ” (Cap. XIV 9)

Convidamos os pais a conversarem com seus filhos em todas as horas.
Os pais são as referências por excelência.
Cada gesto realizado pelos educadores é massa que modela o caráter do educando.
Cada palavra emitida pelos educadores é vibração que marca a alma do educando.
Quem grita dentro de casa, verá seus filhos gritarem amanhã.
Quem é violento com os filhos, será ferido pela violência exemplificada.
Transmitir os postulados da Doutrina Espírita através dos livros infantojuvenis é tarefa inadiável para os dias atuais.
Presenteie as crianças com livros e leia com elas, LIVROS são asas que levam o espírito ao voo da própria redenção.

Por Adeilson Salles


Reflexão do Evangelho

 O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo.

O que ele encontra ao chegar e o que deixa ao partir, goza durante sua permanência na Terra; mas, desde que é forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto, e não a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo, e tudo o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais.
Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder de tirar-lhe, e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do que neste. Desde depende estar mais rico ao partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do que ele houver adquirido no bem.
Quando um homem parte para um país longínquo, arruma a sua bagagem com objetos de uso nesse país e não se carrega de coisas que lhe seriam inúteis.
Fazei, pois, o mesmo, em relação à vida futura, aprovisionando-vos de tudo o que nela vos poderá servir.
Ao viajante que chega a uma estalagem, se ele pode pagar, é dado um bom alojamento; ao que pode menos, é dado um pior; e ao que nada tem, é deixado ao relento.
Assim acontece com o homem, quando chega ao mundo dos Espíritos: sua posição depende de suas posses, com a diferença de que não pode pagar em ouro.
Não se lhe perguntará: Quanto tínheis na Terra? Que posição ocupáveis? Éreis príncipe ou operário? Mas lhe será perguntado: O que trazeis? Não será computado o valor de seus bens, nem dos seus títulos, mas serão contadas as suas virtudes, e nesse cálculo o operário talvez seja considerado mais rico do que o príncipe.
Em vão alegará o homem que, antes de partir, pagou em ouro a sua entrada no céu, pois terá como resposta: as posições daqui não são compradas, mas ganhas pela prática do bem; com o dinheiro podeis comprar terras, casas, palácios; mas aqui só valem a qualidades do coração.
És rico dessas qualidades? Então, sejas bem-vindo, e teu é o primeiro lugar, onde todas as venturas te esperam. És pobre? Vai para o último, onde serás tratado na razão de tuas posses.
PASCAL
Genebra, 1860
O evangelho segundo o espiritismo online, cap. 16 - Servir a Deus e a Mamon - item 9.

A benevolência

 A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades.

Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas!
O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.
A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora.
Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.
Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia.
Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.
  • - Lázaro⁣
  • (O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. IX, item 6, Lázaro)

Espiritismo: doutrina que acolhe

 O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura.

Mas, não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos, nenhum tomou, nem recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote.
Estes qualificativos são de pura invenção da crítica.
É-se espírita pelo só fato de simpatizar com os princípios da doutrina e por conformar com esses princípios o proceder.
Trata-se de uma opinião como qualquer outra, que todos têm o direito de professar, como têm o de ser judeus, católicos, protestantes, simonistas, voltairiano, cartesiano, deísta e, até, materialista.
O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; reclama-a para os seus adeptos, do mesmo modo que para toda a gente. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão da reciprocidade.
Da liberdade de consciência decorre o direito de livre-exame em matéria de fé.
O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Não é inabalável, senão a fé que pode encarar de frente a razão em todas as épocas da Humanidade.
Coerente com seus princípios, o Espiritismo não se impõe a quem quer que seja; quer ser aceito livremente e por efeito de convicção.
Expõe suas doutrinas e acolhe os que voluntariamente o procuram.
Não cuida de afastar pessoa alguma das suas convicções religiosas; não se dirige aos que possuem uma fé e a quem essa fé basta; dirige-se aos que, insatisfeitos com o que se lhes dá, pedem alguma coisa melhor.
  • Allan Kardec
  • (Obras Póstumas. Primeira Parte. “Ligeira resposta aos detratores do Espiritismo”)

A felicidade não é deste mundo

Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo.” Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.

Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna. Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.
Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arqui-secular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.
Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.
O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.
Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.
Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração.
Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade. - François-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot. (Paris, 1863.)

 

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 20.)

Preces Espíritas

 

“Os Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o pensamento é tudo. Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração.” Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula absoluta de preces. Quando dão alguma, é apenas para fixar as idéias e, sobretudo, para chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita.”

Sofremos a consequência de um mau pensamento não concretizado?

 Sofremos a consequência de um mau pensamento não concretizado?

Depende. Todo pensamento mau resulta da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que a pessoa alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia.

É indício de esforço por apagar uma mancha e a pessoa não cederá, mesmo que se apresente oportunidade de satisfazer a um mau desejo.

Depois que haja resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.

Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, procura ocasião de praticar o mau ato e, se não o leva a efeito, não é por virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo.

É, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse, e é assim que sofrerá por causa disso as consequências.

(O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo VIII, itens 5 a 7.)

Como estudar o Espiritismo?

 Como começar? 

Por qual obra espírita devemos iniciar nossos estudos do Espiritismo? Qual é o meio mais seguro de entendermos as premissas da filosofia da alma? O que poucas pessoas sabem é que o próprio Allan Kardec, criador do Espiritismo, nos apresentou um roteiro de estudos sobre como estudar suas obras, qual a obra ideal para a iniciação, qual roteiro seguir a fim de extrairmos o máximo sobre como estudar o Espiritismo, doutrina que transforma nossa visão de mundo, de relação entre as pessoas e o nosso entendimento sobre conhecimento.

O que é o Espiritismo?

Segundo Allan Kardec, devemos começar a estudar o Espiritismo pela sua obra “O que é o Espiritismo?”, cuja primeira edição foi publicado em 1859. Esta obra responde já de início à pergunta, título da própria obra, o que é o Espiritismo.

Nesta obra, Kardec apresenta uma visão geral do Espiritismo, os seus princípios fundamentais, o que o Espiritismo aborda, nos seus mais variados temas e aspectos.

Esta obra nos traz uma abordagem mais geral e simples do que seja o Espiritismo, para então depois, ao longo de suas outras obras, aprofundar em cada um de seus itens, conceitos e definições.

Esta brochura, de uma centena de páginas somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso, respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado. (O Livro dos Médiuns ou guia dos médiuns e dos evocadores > Primeira parte – Noções preliminares > Capítulo III – Do método

Depois de estudar “O que é Espiritismo?”, Kardec sugere a leitura de sua obra “O Livro dos Espíritos”, publicado pela primeira vez em 18 de abril de 1857 (com 501 itens) e depois, reformulada em março de 1860 (com 1.018 itens).

A obra “O Livro dos Espíritos” é dividida em 4 partes. A primeira parte, intitulada “Das Causas Primeiras” será aprofundada na obra chamada “A Gênese”, em 1868.

A segunda parte “Do mundo Espírita ou mundo dos Espíritos”, será aprofundada na obra “O Livro dos Médiuns” (escrito em 1861).

A terceira parte “Das leis morais” foi desenvolvido em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”e para a última parte “Das esperanças e consolações” Kardec escreveu, em 1865, a obra “O céu e o Inferno”.

Contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas consequências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo. (O Livro dos Médiuns ou guia dos médiuns e dos evocadores > Primeira parte – Noções preliminares > Capítulo III – Do método)

Você pode estudar as obras de Kardec, ou obras espíritas, nesta ordem:

  1. “O que é o Espiritismo?”
  2. “O Livro dos Espíritos”
  3. “O Livro dos Médiuns”
  4. “12 volumes | Revista Espírita
  5. A Gênese
  6. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
  7. “O céu e o Inferno”
KARDECPEDIA – Grátis! 
É Kardec explicando Kardec.
CONHEÇA! CADASTRE-SE! ESTUDE!

O Homem de Bem

 O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele.


Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.

Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.

O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.

Encontra usa satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros., antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.

É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não pensam como ele.

Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu orgulho e o seu desdém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado, conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira pedra”.

Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem a pô-los em evidência. Se a necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.

Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera.

Não tenta fazer valer o seu espírito, nem os seus talentos, às expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar a vantagens dos outros.

Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.

Usa mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.

Se nas relações sociais, alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evita tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.

O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição, e tem o escrúpulo de procurar cumpri-los conscientemente. (Ver cap.XVII, nº 9)

O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.

Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

A Parábola dos Talentos

 Jesus contou a parábola dos talentos (talento era o nome da moeda da época): “Um homem rico distribuiu sua riqueza para 3 servos antes de sair em viagem: para o primeiro ele deixou cinco talentos, para o segundo dois talentos, e para o terceiro um talento. Quando este homem volta da viagem, chama os servos e pergunta o que fizeram com os talentos. O primeiro, que recebeu cinco talentos, negociou honestamente e ganhou mais cinco talentos, dobrou o valor recebido. O homem chama este homem de servo bom e fiel. O segundo, que recebeu dois talentos, devolveu o recebido e mais dois talentos, ele também dobrou o valor confiado. O homem também o chamou de servo bom e fiel. E o terceiro, que recebeu um talento, devolveu ao homem o mesmo talento, pois com medo de negociar, enterrou o talento no quintal da sua casa. O homem chamou o servo de mal e preguiçoso.”

Conclusão: Na verdade, este homem da parábola seria Deus e os servos somos nós. Portanto, Deus empresta para uns mais valores, para outros mais ou menos, e para outros menos. Mas cada um tem possibilidade de dobrar e multiplicar os valores confiados por Deus em bençãos. Uns têm o talento de ensinar, outros de limpar, outros de cozinhar, outros de contar histórias, outros têm o talento da benevolência, humildade, amor, coragem, fé, entendimento, perdão, paz, tolerância, caridade, compaixão, mediunidade, etc. Todos temos algum talento e será com estes talentos que buscaremos a prosperidade espiritual que tanto nos lembrou Jesus. Não enterremos nosso talento, como fez o último servo da parábola, com a desculpa de não fazer o bem porque não tem dinheiro ou tempo para fazê-lo. E o Bem não se faz apenas com o dinheiro, mas também com os outros talentos que Deus nos empresta como: as mãos, a inteligência, a palavra, uma atitude de carinho, de solidariedade, etc.

Os que não usam seu talento para o Bem estão enterrando os talentos que possuem e retornarão ao plano espiritual (ao desencarnar) como aqui chegaram (no nascimento), sem terem feito bom uso deles em prol do próximo e deles mesmos, por egoísmo e preguiça. Afinal, seremos avaliados pela nossa própria consciência não só pelo bem que fizemos, mas também pelo o que deixamos de fazer.

A Doutrina e a Filosofia Espírita

A Filosofia Espírita foi colocada por Allan Kardec como forma mantenedora de toda a Doutrina Espírita.
A Doutrina engloba de forma coerente o dogma, os princípios e as leis deste ensinamento, a ser realizado por Doutores; como feito pelo Espírito da Verdade.

Esta Doutrina que contém os Pressupostos, ou seja, postulados, proposições, juízos, conceitos — assim como as formulações lógicas e prováveis — forma com a Gnosiologia, a Axiologia, a Metodologia, a Ética, a Palingenesia e a Fenomenologia, o fundamento instrumental analógico da Filosofia Espírita.

O Livro dos Espíritos contém os Princípios e as Leis Morais, sendo o dogma a Divindade. Nele está o Princípio: ‘amareis o Senhor vosso Deus; amareis vosso próximo como a vós mesmos’. Os Princípios — assim considerados a Justiça e a Liberdade, além do Amor — são basilares e justificam todas as Leis e estão configurados na passagem: “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”.

As Leis Morais compreendem desde a Lei do Trabalho, da Unidade, da do Progresso e da Solidariedade, até outras tantas ainda por nós desconhecidas, como a Lei do Ritmo e da Ordem, da Polaridade; além da própria reencarnação, tida por muitos como uma verdadeira Lei, quando parece mais um mecanismo, pois muitos Espíritos mais evoluídos provavelmente não estão mais sujeitos a ela.

Todo o resto, incluindo as questões relativas ao aborto, à pena de morte, às questões de gênero, a adoção de crianças por casais homoafetivos, a indissolubilidade do casamento, assim como o juízo final, o fim do mundo, as penas eternas, o carma e o destino, as provas e expiações, o futuro do Brasil como pátria do Evangelho e coração do mundo, a predominância das drogas aditivas e da sexolatria, o patriarcalismo e o feminismo, a dissolução da família, a falência das religiões, a descrença na psicologia, e outras questões polêmicas, constituem questões temporais e estão sujeitas a atualizações, e provavelmente “passarão”.

Autor: Sérgio Astolfi

Fonte

Evangelho no Lar


Finalidade e Importância [1]

  1. Estudar o Evangelho de Jesus possibilita compreender os ensinamentos cristãos, cuja prática nos conduz ao aprimoramento moral.
  2. Criar em todos os lares o hábito de se reunir em família, para despertar e acentuar nos familiares o sentimento de fraternidade.
  3. Pelo momento de paz que o Evangelho proporciona ao Lar, pela união das criaturas, propiciando a cada um uma vivência tranquila e equilibrada.
  4. Higienizar o Lar por pensamentos e sentimentos elevados e favorecer a influência dos Mensageiros do Bem.
  5. Facilitar no Lar e fora dele o amparo necessário diante das dificuldades materiais e espirituais, mantendo operantes os princípios da vigilância e da oração.
  6. Elevar o padrão vibratório dos componentes do Lar e contribuir com o Plano Espiritual na obtenção de um mundo melhor.
  7. Tornar o Evangelho conhecido, compreendido, sentido e exemplificado em todos os ambientes.


[1] Campanha: Evangelho no Lar e no Coração. Federação Espírita Brasileira