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Melhorar para preogredir!


“E a um deu cinco talentos e a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade… ” - Jesus. (Mateus, 25:15.)

Melhorar para progredir – eis a senha da evolução.

Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser lhe recolhe as águas, segundo o recipiente de que se faz portador.

Não olvides que os talentos de Deus são iguais para todos, competindo a nós outros a solução do problema alusivo à capacidade de recebê-los.

Não te percas, desse modo, na lamentação indébita.

Uma hora anulada na queixa é vasto patrimônio perdido no preparo da justa habilitação para a meta a alcançar.

Muitos suspiram por tarefas de amor, confiando-se à aversão e à discórdia, enquanto que muitos outros sonham servir à luz, sustentando-se nas trevas da ociosidade e da ignorância.

A alegria e o fulgor dos cimos jazem abertos a todos aqueles que se disponham à jornada da ascensão.

Se te afeiçoas, assim, aos ideais de aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica…  

Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um.

Espírito Emmanuel, do livro Palavras de Vida Eterna, psicografado por Chico Xavier.

Especial de NATAL!



“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” — Paulo. (FILIPENSES, capítulo 2, versículo 7.) 

Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra. 

Entretanto, tais reclamações não são justas. Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”. 

Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo. O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda. 

Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra. Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. 

No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões. Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade. 

Recorda a demonstração do Mestre Divino. Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.
 

Emmanuel e a unificação do espiritismo

A unificação espiritualista constitui problema, credor da mais legítima cooperação de quantos colaboram nas obras da verdade e do bem no plano espiritual.

Difícil padronizar a interpretação, de vez que ninguém pode trair o degrau evolutivo que lhe é próprio.
Cada aprendiz da realidade universal verá de acordo com as dimensões de sua janela; ouvirá, segundo a acústica, instalada por si mesmo no santuário interior; e compreenderá, na medida de suas realizações e experiências.
 
Entretanto, nosso problema de união, ao que parece, não se relaciona com a exegese.

É questão de fraternidade sentida e vivida, portas a dentro da organização doutrinária, para que as obras não se esterilizem, à míngua de fé e para que a fé não pereça sem obras.

Trata-se de avançado cometimento da boa vontade de cada companheiro na construção do edifício coletivo do bem geral.

Serviço de compreensão elevada, em que para unir, em Cristo, não podemos prescindir da renúncia cristã, aprendendo a ceder com proveito, no esforço de todos, com todos e para todos em favor da vida melhor.

Para isso, cremos, não é necessário invocar a interpretação que sempre define “um estado de conhecimento”, sem representar a sabedoria, e nem se reclamará o concurso da política humana que constitui “uma expressão transitória de poder”, sem consubstanciar a autoridade em si mesma.

Apelaremos, sim, para as qualidades superiores do espírito, recorreremos à zona sublime da consciência, onde os valores religiosos acendem a verdadeira luz.

Razoável que os orientadores encarnados tracem programas construtivos para a feição externa do serviço a fazer.

Em tempo algum, dispensaremos a ordem, o método e a disciplina, no templo da elevação, como forças controladoras da inteligência.

Nós outros, conclamaremos o homem interno e mobilizaremos as energias do ideal, falando ao coração.

Reunamo-nos no campo da fraternidade edificante.
Não teremos espiritismo unido sem que nos unamos.

Debalde ensinaremos amor sem nos amarmos uns aos outros.
Não elevaremos a doutrina sem nos elevarmos.

Aprendamos a eliminar as arestas próprias, a fim de que o espírito coletivo paire mais alto, ligando-nos à Divina Inspiração.

Unir, para nós, deve ser aprimorar, crescer, iluminar.

Aprimoremo-nos, apresentando mais dócil instrumentalidade aos mensageiros da Vida Mais Alta.

Cresçamos em conhecimento e superioridade sentimental.
Iluminemo-nos na esfera individual, penetrando o segredo do sacrifício para enriquecimento da vida imortal.
Em seguida, a união frutificará, em nossos círculos de trabalho qual a espiga substanciosa que premia a sementeira.

Organizemos por fora, aperfeiçoando por dentro.
Então, chegaremos sem atritos mais ásperos à aquisição de nossa unidade com o Cristo, na mesma convicção que lhe engrandeceu o verbo, quando assegurou: “Eu e meu Pai somos um”.

Espírito Emmanuel, do livro Doutrina e Vida, psicografado por Chico Xavier.

Corrigendas - Do livro Vinha de Luz

“Porque o Senhor corrige ao que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.” - Paulo. (Hebreus, 12:6.)

Quando os discípulos do Evangelho começam a entender o valor da corrigenda, eleva-se-lhes a mente a planos mais altos da vida.
Naturalmente que o Pai ama a todos os filhos, no entanto, os que procuram compreendê-lo perceberão, de mais perto, o amor divino.
Máxima identificação com o Senhor representa máxima capacidade sentimental.
Chegado a essa posição, penetra o espírito em outras zonas de serviço e aprendizado.
A princípio, doem-lhe as corrigendas, atormentam-no os açoites da experiência, entretanto, se sabe vencer nas primeiras provas, entra no conhecimento das próprias necessidades e aceita a luta por alimento espiritual e o testemunho de serviço diário por indispensável expressão da melhoria de si mesmo.
A vida está repleta de lições nesse particular.
O mineral dorme.
A árvore sonha.
O irracional atende ao impulso.
O homem selvagem obedece ao instinto.
A infância brinca.
A juventude idealiza.
O espírito consciente esforça-se e luta.
O homem renovado e convertido a Jesus, porém, é o filho do céu, colocado entre as zonas inferiores e superiores do caminho evolutivo. Nele, o trabalho de iluminação e aperfeiçoamento é incessante; deve, portanto, ser o primeiro a receber as corrigendas do Senhor e os açoites da retificação paterna.
Se te encontras, pois, mais perto do Pai, aprende a compreender o amor da educação divina.


Emmanuel, do livro Vinha de Luz psicografado por Chico Xavier

Porta estreita 


 

“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.” Jesus(Lucas, 13:24.)

Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na “porta estreita” a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. 
Anseia pelo sacrifício que redime. 
Exalta o obstáculo que ensina. 
Compreendea dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida. 
Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento. 
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as “portas largas” por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenhase pelo menor esforço. 
Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal.
Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si. 
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos. 
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte. 
“Ah! se fosse possível voltar!...”pensam todos. Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!... com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros!... Mas... é tarde. 
Rogaram a “porta estreita” e receberamna, entretanto, recuaram no instante do serviço justo.
E porque se acomodaram muito bem nas “portas largas”, volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.

QUE BUSCAIS?

“E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais?” — (JOÃO, capítulo 1, versículo 38.)

A vida em si é conjunto divino de experiências.

Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. A aquisição de valores religiosos, entretanto, é a mais importante de todas, em virtude de constituir o movimento de iluminação definitiva da alma para Deus.

Os homens, contudo, estendem a esse departamento divino a sua viciação de sentimentos, no jogo inferior dos interesses egoísticos.

Os templos de pedra estão cheios de promessas injustificáveis e de votos absurdos.

Muitos devotos entendem encontrar na Divina Providência uma força subornável, eivada de privilégios e preferências. Outros se socorrem do plano espiritual com o propósito de solucionar problemas mesquinhos.

Esquecem-se de que o Cristo ensinou e exemplificou.

A cruz do Calvário é símbolo vivo.

Quem deseja a liberdade precisa obedecer aos desígnios supremos. Sem a compreensão de Jesus, no campo íntimo, associada aos atos de cada dia, a alma será sempre a prisioneira de inferiores preocupações.

Ninguém olvide a verdade de que o Cristo se encontra no umbral de todos os templos religiosos do mundo, perguntando, com interesse, aos que entram:

“Que buscais?”

Do livro: Caminho, Verdade e Vida

7 de Setembro

 “...O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro...”

(Emmanuel / Chico Xavier, em prefácio de “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”)

Há 200 anos, às margens do Rio Ipiranga, o Príncipe Regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara de Bragança - Pedro I, declarava a independência das terras que, por determinação Divina, haviam sido escolhidas para abrigar a árvore do Evangelho de Jesus diante do mundo.

Esse processo político e social resultou na nossa consolidação enquanto nação, territorialmente delimitada e administrativamente autônoma, e cuja comemoração se dá todos os anos no mês de setembro, fazendo-nos meditar sobre nosso compromisso enquanto seres reencarnantes nesta terra tão rica de belezas naturais, de clima ameno, e de fauna e flora exuberantes.

Não é à toa, e sem propósito, que nascemos no Brasil. E, apesar de o país, aparentemente, viver um quadro de mazelas políticas, sociais, econômicas e emocionais, tudo não escapa ao conhecimento do mais Alto, devidamente previsto e acompanhado pelo olhar carinhoso e cheio de misericórdia de Jesus Cristo.

Acompanhamento que começou bem cedo, antes mesmo da chegada dos portugueses às terras brasileiras. E cuja história é narrada no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo espírito Humberto de Campos, através da psicografia de Chico Xavier:

“Mãos erguidas para o Alto, como se invocasse a bênção de seu Pai para todos os elementos daquele solo extraordinário e opulento, exclama então Jesus: - Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial.

“(...) Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam, hoje, todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo.”

Apesar de o Brasil mergulhar em crises de corrupção de valores, desespero e insatisfação social, tudo isso faz parte do processo de transformação coletiva que começa no coração de cada indivíduo, e que vai burilando o ser através do exemplo, da experiência, das provas. Nessas horas, a fé e a esperança devem, mais do que nunca, estar acesas em nosso íntimo, pois, são as horas em que o Alto nos convida a dar testemunho dos nossos valores e tesouros da alma, hauridos ao longo das múltiplas existências.

Não há “mal” que fique impune perante Deus, porque não existe o “mal”. O estado de ignorância e seus efeitos – conhecidos por nós como o ‘mal’ – é que prejudicam e determinam quanto tempo levaremos para aprender a lição que nosso espírito mais necessita para crescer. Por isso, e sabendo de nossa condição, vem Jesus e nos estimula à prática do bem, da caridade, da fraternidade, potencializando a centelha divina que habita em cada ser. Eis o caminho seguro que nos levará à ascensão de consciência e de espírito, e conforme é detalhado pelo espírito Emmanuel, no livro Caridade:

“É preciso começar com o bem e persistir com ele se desejamos a perfeição. Cada qual, porém, avança na senda que lhe é própria. Ninguém caminhará para a frente sobre o alheio esforço. Antes de pretendermos o ingresso nos mundos venturosos e redimidos, salvemos o chão em que nos firmamos, construindo o mundo mais feliz de amanhã pela melhoria de nós mesmos. Não vale contemplar sem agir, nem sonhar sem fazer.”

Que entendamos que o chão em que pisamos (físico), nosso país, é o ideal para o aprimoramento de nossa alma, de nossos valores, pois reunimos coletivamente as mesmas características que nos tornam mestres e aprendizes uns dos outros. Assim, cada um conforme suas obras, poderá garantir o seu chão (espiritual) e responder devidamente por suas ações.

E que essas ações se façam sempre pensando no nosso coletivo, no bem comum, de nossa família, nossa vizinhança, nossa pátria, pois, antes de tudo, somos um ser familiar universal, admitido na comunidade que nos é ideal e afim.

 “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” – (Hebreus 10:24, 25)

Fonte: www.uemmg.org.br

O TESOURO ENFERRUJADO

“O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram.”    
(TIAGO, capítulo 5, versículo 3.)

Os sentimentos do homem, nas suas próprias idéias apaixonadas, se dirigidos para o bem, produziriam sempre, em consequência, os mais substanciosos frutos para a obra de Deus. Em quase toda parte, porém, desenvolvem-se ao contrário, impedindo a concretização dos propósitos divinos, com respeito à redenção das criaturas.
De modo geral, vemos o amor interpretado tão-somente à conta de emoção transitória dos sentidos materiais, a beneficência produzindo perturbação entre dezenas de pessoas para atender a três ou quatro doentes, a fé organizando guerras sectárias, o zelo sagrado da existência criando egoísmo fulminante. Aqui, o perdão fala de dificuldades para expressar-se; ali, a humildade pede a admiração dos outros.
Todos os sentimentos que nos foram conferidos por Deus são sagrados.
Constituem o ouro e a prata de nossa herança, mas como assevera o apóstolo, deixamos que as dádivas se enferrujassem, no transcurso do tempo.
Faz-se necessário trabalhemos, afanosamente, por eliminar a “ferrugem” que nos atacou os tesouros do espírito. Para isso, é indispensável compreendamos no Evangelho a história da renúncia perfeita e do perdão sem obstáculos, a fim de que estejamos caminhando, verdadeiramente, ao encontro do Cristo.

Do livro Caminho,verdade e vida

VIVER PELA FÉ

 
“Mas o justo viverá pela fé.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 1, versículo 17.)

Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.
Não poucos aprendizes interpretaram errada-mente a assertiva.
Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.
Freqüentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a simbologia sectária, indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.
Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.
Os dias são ridentes e tranqüilos? tenhamos boa memória e não desdenhemos a moderação.
São escuros e tristes? confiemos em Deus, sem cuja permissão a tempestade não desabaria. Veio o abandono do mundo? o Pai jamais nos abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a morte? eles são todos bons amigos, por trazerem até nós a oportunidade de sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo.

No erguimento da paz

“Bem-aventurados os pacificadores porque serão chamados filhos de Deus.”  JESUS (Mateus, 5:9)

Efetivamente, precisamos dos artífices da inteligência, habilitados a orientar o progresso das ciências no planeta. 

Necessitamos, porém, e talvez mais ainda, dos obreiros do bem, capazes de assegurar a paz no mundo. 

Não somente daqueles que asseguram o equilíbrio coletivo na cúpula das nações, mas de quantos se consagram ao cultivo da paz no cotidiano: dos que saibam ouvir assuntos graves, substituindo-lhes os ingredientes vinagrosos pelo bálsamo do entendimento fraterno;

dos que percebem a existência do erro e se dispõem a saná-lo, sem alargar-lhe a extensão com críticas destrutivas;

dos que enxergam problemas, procurando solucioná-los, em silêncio, sem conturbar o ânimo alheio;

dos que recolhem confidências aflitivas, sem passá-las adiante;

dos que identificam os conflitos dos outros, ajudando-os, sem referências amargas;

dos que desculpam ofensas, lançando-as no esquecimento;

dos que pronunciam palavras de consolo e esperança, edificando fortaleza e tranquilidade onde estejam;

dos que apagam o fogo da rebeldia ou da crueldade, com exemplos de tolerância;

dos que socorrem os vencidos da existência, sem acusar os chamados vencedores;

dos que trabalham sem criar dificuldades para os irmãos do caminho;

dos que servem sem queixa;

dos que tomam sobre os próprios ombros toda a carga de trabalho que podem suportar no levantamento do bem de todos, sem exigir a cooperação do próximo para que o bem de todos prevaleça.

Paz no coração e paz no caminho.

Bem-aventurados os pacificadores — disse-nos Jesus —, de vez que todos eles agem na vida, reconhecendo-se na condição de fiéis e valorosos filhos de Deus.

Emmanuel - Do livro Ceifa de Luz

No culto da gentileza

Lembra-te de que Deus atende aos homens por intermédio das próprias criaturas e faze da gentileza uma prece constante, através da qual a Celeste Bondade se manifeste.

Muitos recorrem à Providência Divina, entre a revolta e o pessimismo, olvidando a necessidade de compreensão para que o bem se exprima em dons de reconforto, ao redor dos próprios passos, esparzindo a esperança, a fim de que o coração se mantenha preparado, à frente das bênçãos que se propõe a recolher.

Ninguém na Terra é tão bom que possa proclamar-se plenamente liberto do mal e ninguém é tão mau que não possa fazer algum bem nas dificuldades do caminho…

Nos maiores delinquentes há sempre um filho de Deus, transviado ou adormecido, aguardando o toque do amor de alguém, para tornar à trilha certa.

Sê compassivo e atrairás a bondade!

Sê amigo do próximo e a amizade do próximo virá ao teu encontro.

O carinho fraterno é uma fonte de bênçãos a deslizar no chão duro da rotina ou da indiferença, dessedentando as almas sequiosas que passam.

Realmente, é sempre uma afirmação de fé a nossa rogativa verbal ao Todo Misericordioso e a prece sentida é energizante em nosso próprio Espírito, erguendo-nos para os cimos da existência.

O Senhor, no entanto, espera igualmente que nos façamos bons uns para com os outros, assim como exigimos seja Ele para nós o benfeitor infatigável e incessante.

Não te esqueças de que o Mestre nos espera ao lado das próprias criaturas que caminham conosco, a fim de auxiliar-nos.

Sejamos devotos da cortesia e da afabilidade, em todos os instantes, para que não aconteça venhamos a dizer, depois da oportunidade perdida:

— “Efetivamente, o Senhor estava junto de mim, mas, não pude senti-lo.”

Porque, em verdade, pelos fios invisíveis do amor, o Divino Mestre permanece constantemente entrosado à nossa própria vida.

 Livro: Abrigo - Emmanuel/Chico Xavier




EVANGELHO E ALEGRIA

Grande injustiça comete quem afirma encontrar no Evangelho a religião da tristeza e da amargura. Indubitavelmente, o sacerdócio muita vez impregnou o horizonte cristão de nuvens sombrias, com certas etiquetas do culto exterior, mas o Cristianismo, em sua essência, é a revelação da profunda alegria do Céu entre as sombras da Terra. 

 A vinda do Mestre é precedida pela visitação do anjos. 

 Maria, jubilosa, conversa com um mensageiro divino que a esclarece sobre a chegada do Embaixador Celestial.  Nasce Jesus na manjedoura humilde, que se deslumbra ao clarão de inesperada estrela. 

Tratadores rústicos são chamados por um emissário espiritual, repentinamente materializado à frente deles, declarando-se portador das “notícias de grande alegria” para todos o povo. No mesmo instante, vozes cristalinas entoam cânticos na Altura, glorificando o Criador e exaltando a paz e a boa-vontade entre os homens. 

 Começam a reinar o contentamento e a esperança... Mais tarde, o Mestre inicia o seu apostolado numa festa nupcial, assinalando os júbilos da família. Como que percebendo limitação e estreiteza em qualquer templo de pedra para a sua palavra no mundo, o Senhor principia as suas pregações à beira do lago, em pleno santuário da natureza. Flores e pássaros, luz e perfume representam a moldura de sua doutrinação. Multidões ouvem-lhe a voz balsamizante. Doentes e aleijados tocam-se de infinitas consolações. Pobres e aflitos entrevêem novos horizontes no futuro. Mulheres e crianças acompanham-no, alegremente. 

O Sermão da Montanha é o hino das bem-aventuranças, suprimindo a aflição e o desespero. Por onde passa o Divino Amigo, estabelece-se o contentamento contagiante. Em pleno campo, multiplica-se o pão destinado aos famintos. 

O tratamento dispensado pelo Mestre aos sofredores, considerados inúteis ou desprezíveis, cria novos padrões de confiança no mundo. Desdobra-se o apostolado da Boa Nova, no clima da alegria perfeita. Cada criatura que registra as notas consoladoras do Evangelho começa a contemplar o mundo e a vida, através de prisma diferente. Surge-lhe a Terra por bendita escola de preparação espiritual, com serviço santificante para todos. 

Cada enfermo que se refaz para a saúde é veículo de bom ânimo para a comunidade inteira. Cada sofredor que se reconforta constitui edificação moral para a turba imensa. Madalena, que se engrandece no amor, é a beleza que renasce eterna, e Lázaro, que se ergue do sepulcro, é a vida triunfante que ressurge imortal. 

 E, ainda, do suor sangrento das lágrimas da cruz, o Senhor faz que flua o manancial da vida vitoriosa pra o mundo inteiro, com o sol da ressurreição a irradiar-se para a Humanidade, sustentando-lhe o crescimento espiritual na direção dos séculos sem-fim.

Do livro Roteiro pelo espírito Emmanuel/Chico Xavier


A Terra

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva. Comboio imenso, a deslocar-se sobre si mesmo e girando em torno do Sol, podemos comparar as classes sociais que o habitam a grandes vagões de categorias diversas.
 De quando em quando, permutamos lugar com os nossos vizinhos e companheiros. 
Quem viaja em instalações de luxo volta a conhecer os bancos humildes em carros de condição inferior. Quem segue nas acomodações singelas, ergue-se, depois, a situações invejáveis, alterando as experiências que lhe dizem respeito. Temos aí o símbolo das reencarnações. 
 De corpo em corpo, como quem se utiliza de variadas vestiduras, peregrina o Espírito de existência em existência, buscando aquisições novas para o tesouro de amor e sabedoria que lhe constituirá divina garantia no campo da eternidade.
 Podemos, ainda, filosoficamente, classificar o Planeta, com mais propriedade, tomando-o por nossa escola multimilenária. Há muitos aprendizes que lhe ocupam as instalações, na expectativa inoperante, mas o tempo lhes cobra caro a ociosidade, separando-os, por fim, de paisagens e criaturas amadas ou relegando-os à paralisia ou à cristalização, em largos despenhadeiros de sombra. 
Outros alunos indagam, dia e noite...e, com as perquirições viciosas, perdem os valores do tempo. Imaginemos um educandário, em cuja intimidade comparecessem os discípulos de primária iniciação, exigindo retribuições e homenagens, antes de se confiarem ao estudo das primeiras lições. 
 O menino bisonho não poderia reclamar esclarecimentos, quanto à congregação que dirige a casa de ensino onde está recebendo as primeiras letras. E, ante a grandeza infinita da vida que nos cerca, não passamos de crianças no conhecimento superior. Vacilamos, tateamos e experimentamos, a fim de aprender e amealhar os recursos do Espírito.
 Compete-nos, assim, tão-somente, um direito: - o direito de trabalhar e servir, obedecendo às disciplinas edificantes que a Sabedoria Perfeita nos oferece, através das variadas circunstâncias em que a nossa vida se movimenta. Ninguém se engane, julgando mistificar a Natureza.
O trabalho é divina lei. Pesquisar indefinidamente, na maioria das vezes é disfarçar a preguiça intelectual. A vida, porém, é ciosa dos seus segredos e somente responde com segurança aos que lhe batem à porta com o esforço incessante do trabalho que deseja para si a coroa resplandecente do apostolado no serviço.

Do livro ROTEIRO
Emmanuel/Chico Xavier


O HOMEM ANTE A VIDA

No crepúsculo da civilização em que rumamos para a alvorada de novos milênios, o homem que amadureceu o raciocínio supera as fronteiras da inteligência comum e acorda, dentro de si mesmo, com interrogativas que lhe incendeiam o coração.
Quem somos?
Donde viemos?
Onde a estação de nossos destinos?
À margem da senda em que jornadeia, surgem os escuros estilhaços dos ídolos mentirosos que adorou e, enquanto sensações de cansaço lhe assomam à alma enfermiça, o anseio da vida superior lhe agita os recessos do seu, qual braseiro vivo do ideal, sob a espessa camada de cinzas do desencanto.
Recorre à sabedoria e examina o microcosmo em que sonha.
Reconhece a estreiteza do círculo em que respira.
Observa as dimensões diminutas do Lar Cósmico em que se desenvolve.
Descobre que o Sol, sustentáculo de sua apagada residência planetária, tem um volume de 1.300.000 vezes maior que o dela.
Aprende que a Lua, insignificante satélite do seu domicílio, dista mais de 380.000 quilômetros do mundo que lhe serve de berço.
Os Planetas vizinhos evolucionam muito longe, no espaço imenso.
Dentre eles, destaca-se Marte, distante de nós cerca de 56.000.000 de quilômetros na época de sua maior aproximação.
Alongando as perquirições, além do nosso Sol, analisa outros centros de vida.
Sírius ofusca-lhe a grandeza.
Pólux, a imponente estrela do Gêmea, eclipsa-o em majestade.
Capela é 5.800 vezes maior.
Antares apresenta volume superior.
Canópus tem um brilho oitenta vezes superior ao do Sol. 
Deslumbrado, apercebe-se de que não existe vácuo, de que a vida é patrimônio de gota dágua, tanto quanto é a essência dos incomensuráveis sistemas siderais, e, assombrado ante o esplendor do Universo, o homem que empreende a laboriosa tarefa do descobrimento de si mesmo volta-se para o chão a que se imanta e pede ao amor que responda à soberania cósmica, dentro da mesma nota de grandeza, todavia, o amor no ambiente em que ele vive é ainda qual milagrosa em tenro desabrochar.
Confinado ao reduzido agrupamento consangüínea a que se ajusta ou compondo a equipe de interesses passageiros a que provisoriamente se enquadra, sofre a inquietação do ciúme, da cobiça, do egoísmo, da dor. Não sabe dar sem receber, não consegue ajudar sem reclamar e, criando o choque da exigência pra os outros, recolhe dos outros os choques sempre renovados da incompreensão e da discórdia, com raras possibilidades de auxiliar e auxiliar-se.
Viu a Majestade Divina nos Céus e identifica em si mesmo a pobreza infinita da Terra.
Tem o cérebro inflamado de glória e o coração invadido de sombra.
Orgulha-se, ante os espetáculos magnificentes do Alto e padece a miséria de baixo.
Deseja comunicar aos outros quanto apreendeu e sentiu na contemplação da vida ilimitada, mas não encontra ouvidos que o entendam.
Repara que o Amor, na Terra, é ainda a alegria dos oásis fechados.
E, partindo os elos que o prendem à estreita família do mundo, o homem que desperta, para a grandeza da Criação, perambula na Terra, à maneira do viajante incompreendido e desajustado, peregrino sem pátria e sem lar, a sentir-se grão infinitesimal de poeira nos Domínios Celestiais.
Nesse homem, porém, alarga-se a acústica da alma e, embora os sofrimentos que o afligem, é sobre ele que as Inteligências Superiores estão edificando os fundamentos espirituais de Nossa Humanidade. 

Eles Vivem!

Antes os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.

Eles não morreram.

Estão vivos.

Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.

Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia quando te afaste da confiança em Deus.

Eles sabem igualmente quanto dói a separação.

Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da amargura.

Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.

Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque....

Pensa neles com saudade convertida em oração.

As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida.

Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e te-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.

Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.

Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...

Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mais sim ao encontro de Novo Despertar.

(EMMANUEL)


Momento de Oração

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Educação no Lar


“Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai” – Jesus


Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar os seus propósitos.

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.

A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.

Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espirito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.

Ouçamos a palavra do Cristo, e se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.


Emmanuel. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Rio de Janeiro: FEB.

Saúde

  

Para o homem da Terra, a saúde pode significar o equilíbrio perfeito dos órgãos materiais;  para o plano espiritual, todavia, a saúde é a perfeita harmonia da alma, para obtenção da qual, muitas vezes, há necessidade da contribuição preciosa das moléstias e deficiências transitórias da Terra.


Fonte: XAVIER, F.C. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Questão 41a.